Primeiro-ministro neerlandês abandona a política após 13 anos no poder

© Facebook/markrutte

O primeiro-ministro neerlandês Mark Rutte anunciou hoje que vai abandonar a política após as eleições gerais, ainda sem data marcada, e que foram provocadas pela demissão do seu Governo de coligação.

A decisão marca o fim de mais de um período de mais de 13 anos no poder em que Rutte liderou quatro governos muitas vezes atingidos por escândalos que nunca afetaram diretamente o primeiro-ministro conservador.

Rutte, 56 anos, líder do Partido Popular para a Liberdade e Democracia (VVD), anunciou hoje a decisão durante um debate de urgência no Parlamento sobre a dissolução da última coligação governamental.

“Ontem (domingo) tomei a decisão de que não estarei disponível para voltar a liderar o VVD. Vou abandonar a política quando o novo Executivo tomar posse após as eleições”, afirmou.

Rutte disse tratar-se de uma “decisão pessoal” tendo em conta os “acontecimentos das últimas semanas”.

O quarto governo de coligação liderado por Rutte demitiu-se na sexta-feira passada após divergências e falta de acordo sobre medidas para controlar as migrações.

Rutte disse que o fim da coligação foi uma decisão unânime dos quatro partidos que compunham a aliança, marcados por “diferenças irreconciliáveis”.

Até ao momento não foi designado o sucessor de Rutte na liderança do partido VVD.

A fação mais importante do partido é liderada por Sophie Herman, antiga assessora de Rutte.

A data das eleições gerais ainda não foi marcada mas é expectável que se realizem em outubro ou novembro.

Últimas de Política Internacional

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, voltou hoje a criticar o sistema judicial italiano, acusando os tribunais de ordenarem o regresso a Itália de imigrantes com registo criminal e manifestamente sem direito a proteção, por razões "claramente ideológicas".
A Comissão Europeia anunciou hoje ter levado Portugal ao Tribunal de Justiça da União Europeia por não aplicar na totalidade a nova Lei dos Serviços Digitais, dado que não conferiu poderes supervisores nem definiu regras sobre sanções.
A segunda volta para a eleição de Friedrich Merz como chanceler da Alemanha vai decorrer hoje às 15:15 (hora local, 14:15 em Lisboa), depois do líder dos conservadores ter falhado a primeira votação no parlamento.
O Governo dos EUA anunciou hoje que vai oferecer dinheiro aos imigrantes ilegais que regressem aos seus países, beneficiando aqueles que optem pela autodeportação.
A presidente da Comissão Europeia anunciou hoje uma estratégia para a União Europeia (UE) atrair investigadores estrangeiros, alocando 500 milhões de euros até 2027 com vista a chegar futuramente a um investimento de 3% do PIB neste setor.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, prometeu hoje retaliações contra os rebeldes huthis do Iémen, depois de um míssil ter atingido o aeroporto Ben Gurion em Telavive.
O chanceler cessante alemão, Olaf Scholz, apelou hoje à defesa do ideal europeu surgido após a Segunda Guerra Mundial, durante as comemorações do octogésimo aniversário da libertação do campo de concentração nazi de Neuengamme, perto da cidade de Hamburgo.
O primeiro-ministro do Iémen, Ahmed bin Mubarak, demitiu-se hoje depois de lamentar que o seu mandato tenha sido limitado ao ponto de não ter conseguido concretizar as reformas que pretendia para o país.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, desvalorizou as tréguas propostas pelo homólogo russo, Vladimir Putin, incluindo um cessar-fogo de 08 a 10 de maio, por serem prazos demasiado curtos para conversações sérias.
O Parlamento Europeu vai debater na próxima quarta-feira o apagão que deixou a Península Ibérica sem eletricidade na segunda-feira, que foi classificado como o maior incidente deste tipo na Europa em quase duas décadas, foi hoje divulgado.