“Ninguém nos pode levar a descrever o Hamas como uma organização terrorista. A Turquia é o país que fala abertamente sobre tudo com os líderes do Hamas e que os apoia firmemente”, declarou, citado pela agência francesa AFP.
Israel, Estados Unidos e União Europeia consideram o Hamas como uma organização terrorista.
Fervoroso apoiante da causa palestiniana, Erdogan tem sido um dos mais virulentos críticos de Israel desde o início da guerra na Faixa de Gaza, há cinco meses.
A ofensiva de Israel foi lançada como represália pelo sangrento ataque em solo israelita do movimento islamita palestiniano, em 07 de outubro, que causou a morte de cerca de 1.200 pessoas, segundo as autoridades.
Desde então, a ofensiva israelita já provocou mais de 30.900 mortos, segundo o Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007, quando expulsou do enclave a Fatah, que governa a Cisjordânia.
O Presidente turco, cujo país integra a NATO, descreveu várias vezes Israel como um “Estado terrorista” e acusou-o de “cometer genocídio” em Gaza.
Erdogan, que iniciou uma nova era nas relações com Israel em 2022, depois de uma década de divergências, comparou também o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, a Adolf Hitler, a Benito Mussolini e a Josef Estaline.
“Netanyahu e a sua administração juntaram os seus nomes aos de Hitler, Mussolini e Estaline como nazis de hoje, com os crimes contra a humanidade que cometeram em Gaza”, afirmou, citado pela agência turca Anadolu.