A Crise de 25 de Novembro de 1975 marcou um momento crucial na história recente de Portugal. Esta movimentação militar, conduzida por setores das Forças Armadas, pôs fim ao Processo Revolucionário em Curso (PREC) e iniciou um período de estabilização da democracia representativa. Este episódio, embora polémico e em alguns aspectos nebuloso, continua a ser uma peça chave para compreender a evolução política de Portugal na segunda metade do século XX.
O 25 de Novembro de 1975 resultou de um processo de conflito pelo poder, que teve início no chamado Verão Quente. Durante este período, o país vivia uma intensa luta ideológica e política, com a ameaça de uma deriva à esquerda. Corria a voz que a esquerda, liderada pelo PCP e setores da esquerda militar, planejava transformar Portugal numa extensão da União Soviética. A chefia de Ramalho Eanes e a organização militar do Grupo dos 9, juntamente com setores mais à direita das Forças Armadas, desempenharam um papel decisivo em evitar esta tentativa de golpe.
Recentemente, o Parlamento aprovou uma proposta do CDS para organizar anualmente uma sessão solene evocativa do 25 de Novembro de 1975. Esta decisão foi bem recebida pela maioria dos portugueses, que se sentiram orgulhosos de ver este marco histórico ser reconhecido oficialmente. No entanto, para muitos, esta medida ficou aquém das expectativas. A proposta do CHEGA de transformar o 25 de Novembro num feriado nacional ressoou profundamente entre os cidadãos que desejavam celebrar esta data com a mesma importância que outras datas nacionais.
O 25 de Novembro de 1975 não foi apenas um dia de movimentações militares; foi um dia em que, mais uma vez, Portugal foi defendido de uma tentativa de imposição de uma ditadura, desta vez de esquerda. Foi uma vitória da democracia e da vontade popular sobre as minorias ideológicas que tentavam controlar a nação. Assim como hoje, onde vemos minorias tentarem impor a sua agenda sobre a maioria, naquele novembro, uma pequena mas vocal minoria de esquerda e extrema esquerda tentou subverter a vontade da maioria dos portugueses.
É importante reconhecer que a proposta do CHEGA de transformar o 25 de Novembro num feriado nacional não é apenas uma questão de acrescentar mais um dia de descanso ao calendário. É uma questão de dar o devido reconhecimento a um dia em que a democracia foi defendida e a liberdade preservada. É um dia que deve ser lembrado e celebrado por todos os portugueses, como um símbolo de resistência contra qualquer forma de autoritarismo, seja de esquerda ou de direita.
Enquanto aguardamos futuras discussões e decisões sobre este tema, é essencial que continuemos a refletir sobre o significado do 25 de Novembro e o seu impacto na nossa história. A defesa da democracia é uma tarefa contínua, e celebrar este dia como um feriado nacional seria uma forma de honrar aqueles que, sem balas nem tiros, protegeram a nossa liberdade e soberania.
Em suma, o 25 de Novembro representa a capacidade de Portugal de se unir contra as ameaças à sua democracia. Transformar esta data num feriado nacional não só seria um tributo adequado a essa luta, mas também um lembrete constante de que a liberdade e a democracia são conquistas que devemos proteger e valorizar diariamente.