Era uma vez um dia, 4 de julho, dia em que as Forças de Segurança deste País se mobilizaram com Fé e Esperança rumo à casa da Democracia.
Vindos de todos os cantos de Portugal, sabendo-se lá com que sacrifícios, alguns o fizeram, percorrendo centenas de quilómetros para poderem assistir ao vivo e a cores à tão esperada e justa proposta levada a cabo pelo partido CHEGA.
Dia da votação do tão desejado “Suplemento de Risco”, o tal que nos ia igualar à Polícia Judiciária.
“ Chegados Aqui”. Foi visível uma enorme e maravilhosa massa humana, numa alegria contagiante e esperançosos de que tinha enfim chegado a nossa vez! Cumprimentos daqui, saudações dacolá. Nada nos fazia prever de que não iriamos ser reconhecidos. Queríamos entrar para assistir a votação e sair gloriosos.
Mas não!
O compasso de espera foi se acentuando, o tempo ia passando e nós cá do lado de fora do Parlamento onde nada acontecia. Não estávamos a conseguir entrar, era notório a lentidão com que o processo se desenrolava, tudo a conta-gotas, com períodos inertes em que não entrava ninguém. Só pensávamos que o tempo se ia esgotando e queríamos todos ouvir aquilo que tanto nos era caro.
Víamos através duma TV, ali instalada, as galerias do hemiciclo parcialmente vagas. Já com duas horas de espera, mesmo assim nada nos demovia. A muito custo alguns de nós entraram, mas não ouvimos a primeira intervenção do Sr. Dr. André Ventura.
Para minha grande indignação e profundo pesar, ouvi e vi a ligeireza com que o tema foi tratado: não se ajustando nem na forma, nem na métrica. Falavam das Forças de Segurança! Somos sérios demais e merecíamos mais rigor e respeito na abordagem do assunto. Não estavam definitivamente no mesmo alinhamento.
Chegamos à última intervenção do partido relativo a proposta. O André, levantou-se com o semblante carregado soltando com alma as suas palavras vindas do seu amago! Apoderando-se das nossas causas e defendeu-as, de forma inigualável, representando-nos com elevado mérito. O desafio era extenso e a emoção intensa. Lembro-me de me ter arrepiado. Valha-nos Deus, foi de facto um momento épico! Mas infelizmente inglório, pois a moção foi Chumbada.
Emerge então um sentimento global de que fomos humilhados. Tristemente humilhados e eu pensei se fosse para ser fácil não era para nós, que somos uns resistentes! Levantamo-nos silenciosamente e fomos ovacionados, infelizmente não por todos, lá virá o dia…
Neste meu desabafo deixo aqui o meu sentimento, um grande Viva à Policia e às Forças de Segurança, que sejam sempre e sempre imbuídas pelo Bem. Que nunca nos falte o foco, sentido de missão e a “carolice”.
Termino com um grande Obrigado André! Ainda não foi desta, mas havemos de conseguir…