A Madeira atravessa uma das suas maiores crises políticas. O PSD-Madeira, agora liderado por Miguel Albuquerque, governa há décadas como se fosse dono da autonomia regional, perpetuando redes de compadrio e escândalos de corrupção. Recentes investigações judiciais expuseram esquemas de favorecimento que desviam recursos do bem público para interesses privados. A confiança no governo regional desmorona-se, revelando a falência de um sistema sustentado pela corrupção e pela falta de escrutínio .
Neste cenário, o CDS tem-se comportado como uma bengala do PSD, ignorando ou minimizando as práticas lesivas à população. Em vez de cumprir o papel de fiscalização e defesa da transparência, o partido opta por virar a cara à corrupção e continuar a sustentar um governo que há muito deixou de responder aos interesses dos madeirenses .
A oposição à esquerda, representada por partidos como o PS e o JPP, tem sido igualmente incapaz de apresentar uma alternativa robusta. A sua abordagem, frequentemente frouxa e desorganizada, abre espaço para o CHEGA emergir como a principal força de oposição. A moção de censura apresentada pelo CHEGA é um marco neste contexto, mostrando que há quem esteja disposto a romper com o ciclo de cumplicidades que domina a política regional .
Os madeirenses vivem entre a degradação das condições sociais e a ausência de soluções reais. Problemas como a crise habitacional, a precariedade laboral e a fuga de jovens talentos para o exterior continuam a agravar-se, enquanto o governo persiste em proteger elites e interesses instalados. O CHEGA propõe-se a devolver a política ao povo, colocando a transparência e a justiça no centro da agenda política .
Chegou o momento de a Madeira se libertar das amarras da corrupção e do compadrio. A moção de censura simboliza mais do que o descontentamento generalizado; é um grito de revolta contra um sistema que traiu a confiança dos cidadãos. O CHEGA posiciona-se como a força necessária para reconstruir uma Madeira livre, justa e digna, devolvendo a autonomia ao verdadeiro soberano: o povo.