Há freguesias onde uma casa custa mais do dobro da mediana portuguesa

Os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), referente ao período entre setembro de 2023 e setembro de 2024, revelam que há freguesias onde a habitação é mais cara do que o dobro da média de preços em todo o país.

© D.R.

Durante esse período, o preço mediano por metro quadrado (m²) em Portugal atingiu os 1709 euros. Contudo, os preços variam significativamente consoante a localização da habitação.

Segundo os dados do INE, Marvila, no concelho de Lisboa, tem o título de freguesia com a habitação mais cara do país, tendo registado o valor mais alto, chegando inclusive a triplicar a mediana nacional.

Um morador da zona declarou ao jornal Expresso que Marvila “tem duas realidades”. De um lado, nasceu o empreendimento Prata Riverside, cujos preços começam nos 350 mil euros por um T0, numa zona onde “não se almoça por menos de 20 euros”. No entanto, do outro lado da linha férrea, “já se come por menos de oito euros”.
De acordo com o INE, são mais de 200 as freguesias que praticam valores superiores à mediana nacional e, pelo menos, 37 freguesias registam preços que ultrapassam o dobro da mediana do país.

Enquanto Marvila é a freguesia mais cara do país, com um valor de 6014 euros por m², na União das Freguesias de Souselas e Botão, em Coimbra, o valor por metro quadrado é de 457 euros.

O ‘top 10’ das freguesias mais caras inicia-se com Marvila, seguida de Santo António, Estrela, Almancil, Santa Maria Maior, Areeiro, Misericórdia, Parque das Nações, União das Freguesias de Cascais e Estoril e Campo de Ourique. Destas 10 freguesias, apenas duas não pertencem ao município de Lisboa.

O INE dispõe de dados relativos a cerca de 10% das freguesias, uma amostra que corresponde a 53,3% da população e a 49% dos edifícios existentes, segundo os Censos de 2021.

Últimas de Economia

O Ministério Público denunciou hoje “uma agressiva campanha criminosa” de roubo de dados pessoais que, através de emails fraudulentos, usa o nome da plataforma dos tribunais Citius para levar os destinatários a abrir ligações de notificações judiciais falsas.
Os líderes de alguns dos principais bancos portugueses disseram hoje que não veem razão para o Governo aplicar mais impostos sobre o setor, depois de o Executivo ter dito que vai analisar alternativas ao revogado adicional de solidariedade.
O Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA) exigiu "respostas concretas" sobre o papel da TAP enquanto acionista da antiga SPdH, agora Menzies Aviation, acerca da possível perda das licenças de 'handling', numa reunião no Ministério das Infraestruturas.
A bolsa de Lisboa encerrou hoje em baixa, com o índice PSI a cair 0,21% para 8.352,01 pontos, em contraciclo com o resto da Europa.
O lucro da NOS recuou 9,2% nos primeiros nove meses do ano, face a igual período de 2024, para 182 milhões de euros, devido à ausência de resultados extraordinários no ano passado, divulgou hoje a empresa.
O ‘stock’ de empréstimos para habitação acelerou em setembro pelo 21º mês consecutivo, com um aumento homólogo de 8,9%, totalizando 108,1 mil milhões de euros, disse hoje o Banco de Portugal (BdP).
As empresas da zona euro observaram uma ligeira subida das taxas de juro dos empréstimos bancários no terceiro trimestre, sobretudo as PME, foi hoje anunciado.
A taxa de desemprego em Espanha aumentou ligeiramente no terceiro trimestre, atingindo os 10,45% da força de trabalho, face aos 10,29% do final de junho, segundo os dados oficiais divulgados hoje.
A confiança dos consumidores aumentou, em outubro, pelo segundo mês consecutivo na União Europeia (UE), para -13,5 pontos, e na zona euro para -14,2 pontos, divulgou hoje a Comissão Europeia.
Portugal desceu uma posição no ranking europeu de poder de compra, ocupando agora o 22.º lugar entre 42 países, apesar de o rendimento disponível dos portugueses ter aumentado 15,7% face ao ano anterior, segundo o Correio da Manhã.