Primeiro-ministro polaco leva moção de confiança ao parlamento no dia 11

O parlamento da Polónia vai votar uma moção de confiança ao Governo no dia 11 de junho, após a vitória do candidato nacionalista da oposição, Karol Nawrocki, nas eleições presidenciais, anunciou hoje o primeiro-ministro polaco, Donald Tusk.

© Facebook de Donald Tusk

O primeiro teste [para o Governo] será um voto de confiança que pedirei em breve à câmara baixa», disse Tusk num discurso transmitido pela televisão, sem especificar nesse momento em que data tal ocorreria.

Mais tarde, antes de uma reunião do executivo, Tusk adiantou que o voto de confiança será votado no dia 11.

“Não vou parar nem por um momento, como primeiro-ministro, no meu trabalho e na nossa luta comum pela Polónia dos nossos sonhos (…): livre, soberana, segura e próspera”, afirmou o primeiro-ministro no mesmo discurso, expressando a esperança de poder cooperar com o novo Presidente eleito.

“Estamos a iniciar a sessão numa nova realidade política”, afirmou ainda, prosseguindo: “A realidade política é nova, porque temos um novo Presidente. Mas a Constituição, as nossas obrigações e as expectativas dos cidadãos não mudaram. Na Polónia, o Governo governa, o que é uma grande obrigação e honra”.

Na Polónia, o chefe de Estado, cujo mandato é de cinco anos, exerce influência na política externa e de defesa. Acima de tudo, tem poder de veto a nível legislativo.

Várias reformas previstas por Donald Tusk, no poder desde 2023, foram bloqueadas devido a um impasse com o Presidente cessante, Andrzej Duda.

De acordo com os resultados oficiais publicados na segunda-feira, Karol Nawrocki, apoiado pelo partido nacionalista da oposição PiS, obteve 50,89% dos votos contra 49,11% do pró-europeu Rafal Trzaskowski — e aliado político de Tusk – – na segunda volta das eleições presidenciais de domingo, cujos resultados confirmaram a profunda polarização neste país membro da NATO e da União Europeia.

A vitória do candidato nacionalista contraria a corrente do compromisso pró-europeu e do apoio à Ucrânia impulsionados pelo atual Governo, liderado por um antigo presidente do Conselho Europeu.

O líder do PiS, Jaroslaw Kaczynski, considerou que este resultado foi “um cartão vermelho” para o executivo e apelou à criação de um “governo apolítico e técnico” composto por especialistas, quando as próximas eleições legislativas estão previstas para 2027.

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