“Este Governo é igual ao do PS: frouxo, confuso e sem rumo”

Ventura acusa Executivo de Montenegro de falhar na Saúde, de ser permissivo na imigração e de trair valores nacionais com o reconhecimento da Palestina.

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O líder do CHEGA, André Ventura, acusou esta quarta-feira o Governo de Luís Montenegro de ser uma “cópia envergonhada” do Partido Socialista. Para Ventura, o Executivo atual não tem coragem, nem rumo, nem soluções para os problemas centrais do país.

A Saúde esteve no centro das críticas. O deputado lembrou que já nasceram este ano 57 bebés em ambulâncias por falta de resposta hospitalar e que oito mil portugueses ficaram sem médico de família. “A mudança que está a acontecer na Saúde é para pior”, afirmou, responsabilizando diretamente a ministra da Saúde, cuja nomeação considera ter sido imposta contra a vontade geral: “Há uma ministra da Saúde que ninguém quer. O primeiro-ministro insistiu. O resultado está à vista. A diferença entre os Governos de Montenegro e Costa é zero.”

Ventura apontou ainda a imigração como uma das principais causas da sobrecarga dos serviços públicos. “O crescimento da população estrangeira”, disse, “tem impacto direto na habitação, na segurança, no apoio social e no acesso aos cuidados médicos”. Sobre a proposta de alteração à Lei dos Estrangeiros, apresentada pelo ministro da Presidência, Leitão Amaro, o líder do CHEGA foi claro: “Quando chega o momento da verdade, este Governo é tão frouxo na imigração quanto o PS.” E avisou: “Ou somos firmes com a imigração, ou a imigração acabará com Portugal.”

O Presidente do segundo maior partido passou ainda ao plano internacional, atacando o reconhecimento do Estado da Palestina pelo Governo português. Considerou a decisão um “afrodisíaco para a esquerda” e “um tiro nos valores do país”, acusando o Executivo de se submeter a pressões externas. “Não foram cumpridas as condições que Paulo Rangel disse que eram obrigatórias. Então porquê o reconhecimento? Por causa de Macron? Ou por causa da deputada do Bloco que foi a Gaza e mandou outra no lugar dela?”, ironizou, numa referência a Mariana Mortágua.

Para o líder da oposição, a decisão não corresponde à vontade dos portugueses, mas antes a uma cedência ideológica que compromete a identidade nacional.

Sem resposta de Luís Montenegro — que já não tinha tempo para intervir —, o presidente do CHEGA saiu do debate reforçando-se como a única verdadeira oposição: “Enquanto uns fazem de conta que governam e outros fazem de conta que se opõem, o CHEGA diz a verdade e propõe soluções. Não queremos ser simpáticos, queremos pôr ordem no país”, concluiu.

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