Ao longo dos últimos anos, temos assistido a uma enorme decadência na classe política e nos principais intervenientes. O português comum afirma, tantas vezes, que a política é um jogo sujo e carregado de interesses obscuros. Consideram, portanto, que já não vale a pena defender um partido, e com isso, acabam por se desligar da política, ignorando os partidos existentes e deixando de exercer o seu direito de voto.
É impossível “censurar” a postura dos nossos cidadãos. Temos governos, que ao longo de décadas, prometeram e juraram cumprir determinadas metas eleitorais, mas na realidade, nada ou muito pouco, fizeram para as cumprir. Promessas e mais promessas, como a construção de hospitais, colocando até as “primeiras pedras”, e depois nada continua; um aumento nos salários dos professores, para depois verem as suas carreiras congeladas; subsídio de risco às Forças de Segurança, que na realidade continuam com um salário indigno. Sempre muitas promessas e pouca seriedade.
No meio desta tristeza, surgiu corria o mês de Abril de 2019, um partido, criado e idealizado por um Homem, que me alentou a esperança – a mim e a tantos outros – de se realizar uma mudança em Portugal. Esse homem, André Ventura, foi durante 2 anos sozinho e agora acompanhado de mais 11 “soldados”, o único no Parlamento sem medo de dizer o que pensa, nem tão pouco receio de dizer verdades incómodas. Não é politicamente correto, pois é um homem do povo. Hoje é o presidente do terceiro maior partido e o verdadeiro líder da oposição.
Nas eleições para a XIV legislatura, em Outubro do mesmo ano em que fora fundado, o CHEGA pela primeira vez conseguiu entrar na Assembleia da República. Especulou-se bastante, “Será que Ventura continuará a ser duro nas suas intervenções, como foi nos debates?”; “Será este o homem, que vai mudar Portugal?”; “Teremos de novo uma oposição forte?”; e muitos comentadores afirmaram: “Irá cair no esquecimento”; “Um deputado só não tem força”; “Foi eleito e agora nada fará”; “Será o único deputado que o CHEGA terá”…
Achavam eles…
Ventura não só conseguiu fazer engolir muitas previsões ridiculas que lhe ditavam, como também surpreendeu muitos outros, ingénuos, que achavam que a Direita Nacional nunca ia chegar lá. Ao longo destas duas legislaturas, afirmou- se como a única oposição ao Partido Socialista e à extrema-esquerda. Para desagrado de alguns, não caiu no esquecimento. Em vez disso, conseguiu não só reavivar o debate em torno dos políticos, como também, pela primeira vez, em mais de 40 anos, dar esperança a muitos portugueses para voltarem a confiar num partido e num político.
Que não haja margem para dúvidas, André Ventura e o CHEGA, são os maiores fenómenos da política nacional no nosso século. Conseguiu-se reunir um grande grupo parlamentar, com pessoas, muitas delas, sem qualquer tipo de experiência política; voltou a trazer para o debate temas como: a defesa do mundo rural, dos jovens trabalhadores e estudantes, da família natural, da dignidade da pessoa humana, da cultura nacional, das forças e serviços de segurança, dos três ramos das forças armadas e dos ex-combatentes, da luta contra a corrupção, da revisão do código penal e muitos outros temas tão urgentes de serem tratados para a regeneração de Portugal.
Posso afirmar, por testemunhar várias vezes, que este é o político mais atacado e difamado da política portuguesa. O que é mais curioso, é que esses ataques não partem só da comunicação social desonesta e de pseudo-humoristas, mas também, por parte daqueles que, em tempos idos, se consideravam seus amigos. Por vezes, a vida de um político é ingrata. São poucas as pessoas que conseguem observar isso. Abdicando da sua liberdade, Ventura já não pode ter a vida que anteriormente tinha, pois, para sair à rua, nas suas tarefas mais simples, tem de levar consigo segurança e estar sujeito a ouvir todo o tipo de críticas. Este é o preço a pagar quando se luta por um país melhor.
Caros amigos, em janeiro de 2023 teremos a V Convenção Nacional, onde se irá decidir o rumo futuro do partido. Creio não existirem dúvidas acerca daquele que é o meu presidente, mas para aqueles que ainda possam ter dúvidas deixo um pequeno lembrete: “Roma traditoribus non premiae”.
Obrigado por tudo o que fazes, André!
José Shirley
(Secretário-geral da Juventude CHEGA)