CHEGA destaca “coragem” do Papa em criticar a eutanásia

©CHEGA

O líder do CHEGA elogiou o discurso do Papa Francisco hoje no encontro com autoridades, sociedade civil e corpo diplomático, em Lisboa, no âmbito da Jornada Mundial da Juventude, e destacou a sua “coragem” em abordar a eutanásia.

“Gostava de saudar particularmente a coragem que o Papa teve em tocar na questão da eutanásia, mesmo frente ao senhor Presidente da República e frente ao senhor primeiro-ministro, de dizer que tem pena que a eutanásia tenha entrado em vigor em Portugal”, declarou.

André Ventura falava à margem de uma reunião com o comandante da Polícia de Segurança Pública da Madeira, no Funchal, inserida na sua visita de três dias à região -de terça a quinta-feira -, no âmbito da preparação para as eleições legislativas regionais de 24 de setembro.

“Gostava de saudar este discurso. É sabido que tenho e que no CHEGA temos muitas divergências com o Papa Francisco, mas hoje é tempo de as pôr para trás e de sublinhar um discurso que foi agregador, que foi desafiante, com uma componente política muito forte, um discurso corajoso, mesmo frente ao poder político e mesmo frente aos poderes instalados em Lisboa”, disse.

O líder do CHEGA considerou que o discurso do Papa foi “virado para a paz, para a construção e para a proteção do ambiente e do mundo em que vivemos”.

Falando em italiano, hoje, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, no âmbito da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), o Papa Francisco disse que o mundo, a navegar um momento tempestuoso em que faltam “rotas corajosas de paz”, precisa de uma Europa construtora de pontes e que “use o seu engenho para apagar focos de guerra”.

Por outro lado, afirmou que o problema ambiental global continua “extremamente grave” e alertou para o aquecimento dos oceanos e para a destruição de reservas de vida, considerando que o ambiente, o futuro e a fraternidade são “três estaleiros da construção da esperança”.

No seu primeiro discurso em Portugal, aplaudido várias vezes, antecedido pelo do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o chefe de Estado do Vaticano criticou as “leis sofisticadas da eutanásia”, referindo-se também ao aborto.

“Para onde ides se, perante o tormento de viver, vos limitais a oferecer remédios rápidos e errados como o fácil acesso à morte, solução cómoda que parece doce, mas na realidade é mais amarga que as águas do mar?”, questionou o Papa.

Últimas de Política Nacional

O presidente do CHEGA disse hoje esperar que o Presidente da República não seja “um obstáculo ao controlo da imigração e segurança” no país, apelando à promulgação urgente das alterações à lei de estrangeiros aprovada pelo Parlamento.
A Comissão Europeia propõe que Portugal receba 33,5 mil milhões de euros, incluindo para a coesão e agricultura, no âmbito do plano de parceria nacional e regional ao abrigo do novo orçamento da União Europeia (UE) até 2034.
Cerca de 85% dos fogos no país têm mão criminosa
A cabeça de lista do PAN por Santarém nas últimas legislativas, Vera Matos, apresentou a sua demissão da Comissão Política Nacional e desfiliou-se do partido, sendo a sexta saída da direção desde maio.
A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde abriu uma inspeção ao caso do hospital de Braga, que fez vários contratos com a empresa do diretor de serviço de Oftalmologia, que acumulava funções de coordenação no privado.
O líder do CHEGA quer ver plasmada no Orçamento do Estado para 2026 a criação de centros de deportação, uma polícia de fiscalização de subsídios e o suplemento aos polícias da Unidade de Estrangeiros e Fronteiras.
André Ventura criticou duramente o Governo e o programa Creche Feliz, acusando o PS de beneficiar apenas os seus. No discurso, disse que o “Estado da Nação é de podridão e de desilusão” e desafiou o Executivo a falar menos “tretas” e mais sobre soluções para a Saúde.
A antiga dirigente do PAN Carolina Pia apresentou uma participação disciplinar contra a porta-voz do partido por alegada perseguição política e assédio, mas a queixa foi rejeitada sem discussão e foi aberto um processo disciplinar contra a queixosa.
O primeiro-ministro abre hoje o último debate político antes das férias parlamentares, uma discussão que deverá ficar marcada por matérias como imigração e saúde e pela forma como o Governo PSD/CDS-PP tem negociado no parlamento.
Os antigos ministros da Cultura Pedro Adão e Silva e Graça Fonseca vão ser chamados ao parlamento para serem ouvidos sobre o funcionamento e a gestão do Fundo de Fomento Cultural, após aprovação, hoje, de um requerimento.