OE2024 não ousa e economia corre risco de ficar anémica

O presidente da CIP - Confederação Empresarial de Portugal considerou hoje que o Orçamento do Estado para 2024 (OE2024) não é ousado e não empreende, faltando medidas para estimular o investimento, e que a economia corre o risco de ficar anémica.

© Facebook /CIP

“A maior parte das medidas não são novidade, são sobretudo de permanência. É um orçamento que não ousa, que não empreende. […] A economia corre o risco de ficar anémica se não ousar empreender”, afirmou disse hoje o presidente da CIP, Armindo Monteiro, em conferência de imprensa, em Lisboa, sobre o Pacto Social, o Orçamento do Estado e as perspetivas económicas para 2024.

Para a confederação empresarial, um dos aspetos insuficientes do documento é a falta de medidas para estimular o investimento, mas realçou como aspetos positivos o aumento do rendimento das famílias por via do alívio fiscal e a redução da dívida pública.

“Temos bem a consciência que é preciso fazer escolhas no orçamento e, por isso, é sempre um equilíbrio entre possíveis impactos, mas a nossa preocupação é que se esses impactos não forem antecipados, podem provocar efeitos dramáticos, quer nas famílias, quer nas empresas”, apontou Armindo Monteiro.

O Governo entregou a proposta de Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), na semana passada, na Assembleia da República, que será discutida e votada na generalidade nos dias 30 e 31 de outubro, estando a votação final global agendada para 29 de novembro.

Últimas de Economia

A Autoridade da Concorrência (AdC) vai intensificar em 2026 o combate a cartéis, com especial enfoque na contratação pública, segundo as prioridades de política de concorrência hoje divulgadas.
O valor médio da construção por metro quadrado que é tido em conta no cálculo do IMI vai subir 38 euros em 2026, passando dos actuais 532 euros para 570, segundo uma portaria hoje publicada em Diário da República.
O Presidente da República prometeu hoje o fim da taxa sobre empresas produtoras de energia elétrica e disse que espera que “garanta mesmo tratamento mais favorável para os contribuintes”.
O índice de preços da habitação aumentou 17,7% no terceiro trimestre, acelerando 0,5 pontos percentuais face aos três meses anteriores, tendo sido transacionados 10,5 mil milhões de euros, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
O valor mediano de avaliação bancária na habitação foi de 2.060 euros por metro quadrado em novembro, um novo máximo histórico e mais 18,4% do que período homólogo 2024, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística.
Arrendamentos não declarados, dados incompletos e cruzamentos que falham. A Autoridade Tributária detetou milhares de casos com indícios de rendimentos imobiliários omitidos, num universo onde o arrendamento não declarado continua a escapar ao controlo do Estado.
O Banco Central Europeu (BCE) vai reduzir o prazo da aprovação das recompras de ações dos bancos a partir de janeiro para duas semanas em vez dos atuais três meses, foi hoje anunciado.
A produtividade e o salário médio dos trabalhadores de filiais de empresas estrangeiras em Portugal foram 69,6% e 44,2% superiores às dos que laboravam em empresas nacionais em 2024, segundo dados divulgados hoje pelo INE.
O subsídio de apoio ao cuidador informal deixa de ser considerado rendimento, anunciou hoje o Governo, uma situação que fazia com que alguns cuidadores sofressem cortes noutras prestações sociais, como o abono de família.
O Banco Central Europeu (BCE) decidiu manter os juros inalterados, como era esperado pelos analistas e mercados, segundo foi hoje anunciado após a reunião de dois dias.