Custo do trabalho sobe 4,9% no terceiro trimestre

O índice do custo de trabalho aumentou 4,9% no terceiro trimestre em relação ao período homólogo de 2022, acelerando o ritmo de subida face aos três meses anteriores (3,7%), anunciou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

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Entre julho e setembro, os custos salariais (por hora efetivamente trabalhada) aumentaram 4,6%, enquanto os outros custos – também por hora efetivamente trabalhada – aumentaram 6,2% em termos homólogos, contra variações de 3,5% e 4,8% no trimestre anterior, respetivamente.

Os aumentos nos custos salariais neste terceiro trimestre de 2023 registaram-se entre 4,3%, na administração pública, e 4,9%, na indústria.

Já no trimestre anterior, todas as atividades económicas, com exceção da administração pública, tinham registado acréscimos menores que os observados no trimestre em análise.

Os custos não salariais, à semelhança dos custos salariais, tiveram aumentos superiores aos do trimestre precedente, entre 5,6%, na indústria, e 12,7%, na construção, enquanto na administração pública houve “um acréscimo menor, de 6,6%”.

O custo médio por trabalhador registou uma subida inferior à observada no trimestre anterior em todas as atividades económicas, tendo a maior sido na construção (7,8%) e o menor na administração pública (6,1%).

Por sua vez, o INE indica que os aumentos verificados na administração pública “têm sido inferiores aos observados para as restantes atividades desde o primeiro trimestre de 2021”.

O instituto estatístico acrescenta que o número de horas efetivamente trabalhadas aumentou em todas as atividades económicas, tendo o maior acréscimo sido observado na Administração Pública (1,8%) e o menor nos Serviços (1,4%).

O próximo Índice do Custo do Trabalho, referente ao último trimestre do ano, será publicado em 12 de fevereiro de 2024.

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