ONU adverte para alto risco de uso indevido de IA em ano de muitas eleições

A ONU advertiu hoje para o facto de as eleições previstas em mais de 70 países no próximo ano serem as primeiras “na era da inteligência artificial [IA] generativa amplamente disponível”, o que aumenta o risco de desinformação “invulgarmente poderosa”.

© D.R.

“No próximo ano, estão previstas eleições em mais de 70 países, abrangendo metade da população mundial. Estas eleições serão das primeiras na era da inteligência artificial generativa amplamente disponível. Existem riscos óbvios de uma propaganda e desinformação invulgarmente poderosas serem produzidas à escala por um conjunto crescente de atores”, alertou hoje o alto comissário das Nações Unidas.

Numa conferência de imprensa em Genebra, Suíça, por ocasião do 75.º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que se assinala a 10 de dezembro, Volker Türk defendeu que “será mais importante do que nunca garantir que os Estados e as empresas de tecnologia possam responder aos conteúdos nocivos em linha, de uma forma que defenda os nossos direitos à informação, o nosso direito ao debate, de forma aberta e livre”.

Advogando que os direitos humanos devem ser utilizados “como guia para combater o discurso nocivo que discrimina e incita à violência”, o responsável da ONU observou também que, “no período pré-eleitoral, é particularmente importante garantir que os direitos à liberdade de expressão, de reunião pacífica, de associação e de participação política sejam plenamente respeitados”.

“Infelizmente, os períodos pré-eleitorais são muitas vezes terreno fértil para o extremismo, o fomento dos medos, a retórica do ódio e a política da divisão, da distração e do engano. Exorto os líderes políticos e outros a absterem-se de semear o medo do “outro”, criando divisões e instrumentalizando as diferenças para ganhar votos”, afirmou.

Entre as eleições previstas para 2024, contam-se as eleições europeias, que decorrerão de 06 a 09 de junho nos 27 Estados-membros da União Europeia (UE), entre os quais Portugal, que terá também eleições legislativas antecipadas, agendadas para 10 de março.

Últimas do Mundo

O Kremlin justificou esta quinta-feira os cortes cada vez mais frequentes de internet, mesmo nas regiões orientais, com a segurança nacional devido à guerra na Ucrânia.
As autoridades de saúde moçambicanas confirmaram mais dois casos positivos de mpox nas últimas 24 horas, elevando o total para seis, todos na província de Niassa, norte de país, além de 23 suspeitos.
Um cidadão de nacionalidade portuguesa está entre as vítimas do incêndio num lar de idosos em Boston, Massachusetts, nos EUA. O fogo causou nove mortos.
Mais de 50 pessoas morreram nas últimas 24 horas devido às chuvas no Paquistão, informou uma agência governamental, elevando para cerca de 180 o total de mortos desde o início das monções de verão, no final de junho.
A fábrica da Venture Global, localizada no estado norte-americano do Louisiana, está atualmente em construção e será capaz de produzir até 28 milhões de toneladas de gás anualmente, quando estiver concluída.
O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, confirmou hoje que 21 pessoas morreram, 15 destas asfixiadas devido ao lançamento de gás lacrimogéneo, num centro de distribuição de alimentos no sul de Gaza.
Pelo menos 20 pessoas morreram quando procuravam ajuda num dos pontos de distribuição de alimentos da Fundação Humanitária de Gaza (GHF), no sul da Faixa de Gaza, disse hoje esta organização apoiada por Israel e pelos Estados Unidos.
Também foi declarada a apreensão de cerca de um milhão de euros em dinheiro e bens e a retirada de quatro passaportes para impedir que os suspeitos deixem o país.
A Google vai investir mais de três mil milhões de dólares (cerca de 2,5 mil milhões de euros) no maior acordo hidroelétrico dos EUA com a Brookfield Asset Management, anunciaram esta terça-feira as duas empresas.
O primeiro-ministro da Ucrânia, Denis Shmigal, apresentou hoje a demissão ao parlamento, um dia depois de o Presidente ucraniano ter confirmado Yulia Svyrydenko como candidata ao cargo.