Hamas diz que ofensiva em Rafah vai provocar “catástrofe e massacre global”

O grupo islamita palestiniano Hamas alertou hoje que uma ofensiva militar terrestre israelita em Rafah, no sul da Faixa de Gaza e onde vivem mais de um milhão de deslocados, seria uma “catástrofe e um massacre global”.

©Facebook Israel Reports

“Alertamos para uma catástrofe e massacre global que poderá deixar dezenas de milhares de mártires e feridos se houver uma invasão da província de Rafah”, refere um comunicado do gabinete de imprensa do Governo de Gaza, controlado pelo Hamas.

O grupo diz responsabilizar “totalmente a administração dos EUA, a comunidade internacional e a ocupação israelita”.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ordenou na sexta-feira ao Exército que desenvolvesse um plano para expandir a ofensiva militar a Rafah, que inclui a deslocação prévia de civis.

O Governo de Gaza recordou que 1,4 milhões de palestinianos vivem atualmente na província de Rafah, dos quais 1,3 milhões foram deslocados pela violência noutras partes do enclave, o que “prenuncia uma grande catástrofe”.

Acusou ainda Israel de já ter realizado “milhares de massacres no resto das províncias da Faixa de Gaza durante a atual guerra de genocídio”.

“Exigimos a convocação imediata e urgente do Conselho de Segurança das Nações Unidas e a adoção de uma resolução que garanta que a ocupação ‘israelita’ seja forçada a parar a guerra de genocídio que está a cometer contra civis, crianças e mulheres na Faixa de Gaza”, disse o grupo no poder na Faixa de Gaza.

O presidente da Autoridade Palestiniana – que governa pequenas áreas da Cisjordânia ocupada -, Mahmoud Abbas, disse na sexta-feira que o plano israelita de expandir a ofensiva sobre Rafah faz parte da estratégia para “deslocar o povo palestiniano das suas terras” e apelou que a comunidade internacional aja para evitá-lo.

A administração dos EUA e a ONU também alertaram Israel nos últimos dias sobre o “desastre” de que uma ofensiva militar em Rafah ocorreria sem um plano claro de deslocação de civis.

Pelo menos 25 pessoas foram mortas nas últimas horas em bombardeamentos israelitas em Rafah, onde os ataques aéreos aumentaram nos últimos dias.

Quase 28.000 habitantes de Gaza morreram em mais de quatro meses de guerra, além de cerca de oito mil corpos estarem desaparecidos sob os escombros, e cerca de 67.500 feridos, segundo o Ministério da Saúde da Faixa, sob o controlo do Hamas.

Últimas do Mundo

Um britânico de 32 anos foi esta segunda-feira, 3 de novembro, acusado por tentativa de homicídio durante um ataque num comboio no sábado que resultou em 11 feridos, um dos quais continua em estado grave, anunciou a polícia.
A rede social LinkedIn começou esta segunda-feira a usar dados dos utilizadores para treinar o seu modelo de inteligência artificial (IA), mas existem medidas para impedir essa recolha, incluindo um formulário e a desativação nas definições de privacidade da plataforma.
O presidente do governo da região espanhola de Valência, Carlos Mazón, demitiu-se hoje do cargo, reconhecendo erros na gestão das cheias que mataram 229 pessoas em 29 de outubro de 2024.
Os países da OCDE, como Portugal, receberam, nos últimos 25 anos, mais de metade de todos os migrantes internacionais do mundo, avança um relatório hoje divulgado.
Um em cada cinco médicos e enfermeiros a trabalhar nos sistemas de saúde dos 38 países-membros da OCDE, como Portugal, é migrante, avança um relatório hoje divulgado pela organização.
Uma em cada três empresas alemãs prevê cortar postos de trabalho em 2026, segundo a sondagem de expetativas de outono apresentada hoje pelo Instituto da Economia, próximo do patronato germânico.
Mais de 50 pessoas morreram devido à passagem do furacão Melissa na região das Caraíbas, principalmente no Haiti e na Jamaica, onde as equipas de resgate esforçam-se por chegar às áreas mais afetadas e isoladas.
O elevado custo de vida e a segurança estão no topo das preocupações de vários jovens portugueses a viver em Nova Iorque, que não poderão votar na eleição para 'mayor', mas que serão afetados pela decisão dos eleitores.
Mais de 527 mil estrangeiros em situação irregular foram expulsos dos EUA desde o início do segundo mandato de Trump, incluindo criminosos perigosos. Entre eles, Bou Khathavong, responsável pelo homicídio de um adolescente em 1994, foi finalmente enviado para o Laos.
O grupo Patriotas pela Europa alerta para a construção da maior mesquita da Europa, a apenas seis quilómetros do Parlamento Europeu, acusando o projeto de visar a imposição da Sharia no continente. O financiamento vem maioritariamente da Turquia e está ligado à organização islamista Millî Görüş.