Vou deixar de ir ao circo, ao cinema e até ver TV, pois adivinha-se uma campanha política do melhor que há, melhor que ir ao circo para rir mas assistir ao circo dos políticos mas sem rir.
Com a venda da banha da cobra socialista, como se não estivessem no governo da nação com maioria absoluta, com a quase mesa equipa, com o mesmo socialismo, com os mesmos problemas e suas resoluções ou não, a culpa sempre foi do governo anterior. Porém agora estamos em campanha, já não somos o governo que fomos nem a ele pertencemos, logo, somos novos e convincentes no que prometemos. A banha da cobra das facilidades da promessa dada sem a palavra cumprida. Até me fazem lembrar o Kennedy quando prometeu por um homem na lua e trazê-lo de volta são e salvo à terra.
Penso, logo existo, que estes rapazes não estão na Terra, porque ainda não regressaram da Lua.
Na Lua, a gravidade é muito menor e logo menos “pesados” estão leves de tudo. De lá podem vislumbrar sem dificuldades, um novo aeroporto, comboios de alta velocidade, um SNS maravilha, um Sócrates julgado mas talvez ilibado, porque nem de lá não se veem os 32 milhões de euros, e pasme-se até se lembraram das SCUT. Este nome pomposo e de banha da cobra passava a ilusão que eram “Sem CUsto para o Utilizador”, o contribuinte, o eleitor transformado em eleitor agora na pré-campanha. Quem bom ser enganado, que bom ser eleitor, que bom este circo.
Na variante do socialismo em Espanha temos um primeiro que queria introduzir as portagens em todas as autoestradas gratuitas até 2024.
Na variante do socialismo em Portugal temos um primeiro que quer reduzir as portagens nas tais autoestradas chamadas SCUT, também em 2024.
A Internacional Socialista deve ter outra opinião, que se sobrepõe a estas divergências.
Como na política parece que tudo é possível e o seu contrário, esta contradição será normal e ainda em campanha eleitoral tudo faz sentido. Parece que estamos falando ainda em autoestradas. A política também tem dois sentidos. A ilusão de tudo prometer e a realidade de tudo falhar.
Como nos aproximamos do Carnaval, ninguém leva a mal, tais programas, pois de programas se trata, vamos lá cantar e dançar, vamos lá ser livres e inconsequentes e penso até ser possível prorrogar a festa carnavalesca até ao dia 10 de Março. Parece uma tolerância política que anestesia o país, que sem o Chega estaria nas suas sete quintas.
No Carnaval vivemos e vestimos as nossas ilusões , em campanha vamos apenas ouvir ilusões, senti-las e vivê-las só para quem não pensa.
Esqueci-me dum pormenor, como os dois são Pedros, não deve haver nenhuma contradição política .
Estará cego, o osso Pedro?