“Há hoje um extremismo climático que prejudica a agricultura”, diz CHEGA

O presidente do CHEGA afirmou hoje que as declarações do candidato da AD em Santarém foram "tontas e infelizes", apesar de criticar um "extremismo climático" existente na sociedade.

© Folha Nacional

“Estamos a falar de declarações um pouco tontas e infelizes, verdadeiramente”, classificou, num comentário às palavras do cabeça de lista por Santarém da Aliança Democrática (coligação PSD/CDS-PP/PPM), antigo presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP).

Eduardo Oliveira e Sousa disse na quinta-feira que há investimento perdido em Portugal por “falsas razões climáticas” e alertou que “não faltará muito para que sejam formadas milícias armadas” para enfrentar “os roubos nos campos”.

“Há de facto hoje um extremismo climático que prejudica a agricultura, a indústria e que prejudica as empresas, isso parece-me evidente. Agora, dizer que os agricultores vão pegar em armas para formar milícias ou grupos de combate nos campos e nas estradas é um enorme disparate, que até prejudica a imagem dos agricultores”, disse André Ventura.

Em declarações aos jornalistas à chegada a um jantar/comício no concelho de Vouzela, distrito de Viseu, o líder do CHEGA considerou que isto “é impensável” e defendeu que “há um problema com o roubo” e que os agricultores estão revoltados, mas resolve-se dando mais meios à polícia para “defender os territórios”.

Estas declarações mostram que “na AD ninguém se entende” e “todos os dias Luís Montenegro tem que vir desdizer um candidato qualquer”, disse o líder do CHEGA, considerando que esta coligação misturou “o que não era misturável e o resultado está à vista, com declarações como esta”.

Ainda assim, o líder do CHEGA fez uma ressalva: “todos temos direito a declarações menores felizes”.

Questionado se situações como esta beneficiam o seu partido, André Ventura disse não estar focado nos outros partidos.

“Eu faço a minha campanha e procuro transmitir uma mensagem e conquistar eleitorado, não me preocupa os casos dos outros”, referiu.

Últimas de Política Nacional

A maioria parlamentar rejeitou hoje uma amnistia no âmbito dos 50 anos do 25 de Abril, solicitada numa petição à Assembleia da República e apoiada por um projeto de lei do BE, que exclui os crimes graves.
As eleições autárquicas vão realizar-se em 12 de outubro, anunciou hoje o ministro da Presidência, na conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Ministros.
O CHEGA requereu a audição do ministro da Agricultura e Mar no parlamento para dar explicações aos deputados sobre o que considera "a flagrante incapacidade de gestão técnica, operacional e financeira do PDR 2020 e do Pedido Único 2025".
O Presidente do CHEGA disse hoje que na quinta-feira irá encontrar-se com o primeiro-ministro e espera chegar a um entendimento quanto às alterações à legislação sobre nacionalidade e imigração e também no que toca à descida do IRS.
O CHEGA quer um desagravamento do IRS maior do que o proposto pelo Governo entre o segundo e o quinto escalões, defendendo que desta forma se repõe "a justiça fiscal" para as famílias da "classe média e média baixa".
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, submeteu pedidos de oposição à consulta pública das suas declarações de rendimentos, que está suspensa até uma decisão final do Tribunal Constitucional, divulgou a Entidade para a Transparência (EpT).
A conferência de líderes parlamentares marcou hoje a eleição do novo provedor de Justiça para o próximo dia 16, candidato que deverá ser proposto pelo PS e que terá de alcançar uma aprovação por dois terços.
O antigo presidente da Assembleia da República Augusto Santos Silva anunciou hoje que não se vai candidatar às eleições presidenciais do próximo ano.
O presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), João Vieira Lopes, lamentou hoje que o atual Governo tenha convocado a concertação social sem acertar a data com os parceiros, ao contrário do que faziam executivos anteriores.
O Presidente do CHEGA afirmou hoje retirar Portugal da Convenção Europeia, se liderar o Governo e o ex-primeiro-ministro José Sócrates ganhar o processo no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, e assegurou que não lhe pagará qualquer indemnização.