O banco central divulgou hoje as estatísticas das empresas da central de balanços relativas ao quarto trimestre de 2023.
Quanto à rendibilidade das empresas, esta ficou nesse período em 9%, abaixo dos 9,2% do mesmo período de 2022.
A rendibilidade das empresas é medida pelo rácio entre os resultados antes de amortizações, depreciações, juros e impostos (EBITDA) e o total do ativo, explica o BdP nas estatísticas das empresas da central de balanços.
Face ao período homólogo, a rendibilidade do ativo das empresas privadas desceu em todos os setores de atividade, com exceção dos setores da eletricidade, gás e água (o que o BdP explica com o aumento da produção de energia renovável) e da construção.
A rendibilidade das empresas públicas foi positiva em 7,6%, acima dos 6% do último trimestre de 2022.
Já a autonomia financeira das empresas, medida pelo peso do capital próprio no total do ativo, foi de 44,3% no quarto trimestre de 2023, acima do trimestre homólogo (41,7%).
A autonomia financeira das empresas atingiu mesmo, no quarto trimestre de 2023, o valor recorde desde 2006 (data do início da série do BdP). O BdP lembra que o Orçamento do Estado de 2023 contemplou um novo regime de incentivo à capitalização das empresas.
A autonomia financeira das empresas privadas aumentou em todos os setores, com exceção da construção e das sedes sociais. Nas Pequenas e Médias Empresas (PME) a autonomia financeira subiu de 42,2% para 44,5% e nas grandes empresas de 35,4% para 40,0%.
A autonomia financeira das empresas públicas cresceu de 33,6% para 35,0%.
O custo dos financiamentos obtidos aumentou de 3,0% para 4,0%, sendo os setores mais afetados pelo aumento dos custos de financiamento a indústria, o comércio e as sedes sociais.
Por fim, a cobertura dos gastos de financiamento das empresas (que quantifica o número de vezes que o EBITDA gerado pelas empresas é superior aos seus gastos de financiamento) reduziu-se de 10,2 para 8,0 no último trimestre de 2023.