Ataque com mísseis russos causa três mortos em Odessa

Pelo menos três pessoas morreram e outras três ficaram feridas em Odessa, na sequência de um ataque com mísseis russos, divulgaram hoje as autoridades da cidade do sudoeste da Ucrânia.

© Facebook de Volodymyr Zelensky

 

“O inimigo atacou Odessa com mísseis balísticos. Como resultado do ataque, três pessoas foram mortas e outras três ficaram feridas”, destacou o autarca de Odessa, Gennady Trukhanov, numa mensagem na rede social Telegram.

“Toda a assistência médica necessária está a ser fornecida aos feridos”, sublinhou, por sua vez, o governador da região de Odessa, Oleg Kiper, no Telegram.

“Há danos nas infraestruturas civis”, acrescentou, sem fornecer mais informações.

A Ucrânia já tinha acusado esta terça-feira a Rússia de querer matar um elevado número de civis, após um ataque também em Odessa com munições de fragmentação que matou cinco pessoas e feriu outras 30, além de destruir um edifício histórico.

O ataque, com um míssil Iskander carregado com munições de fragmentação, atingiu na segunda-feira as imediações do edifício conhecido como ‘o castelo do Harry Potter”.

Para além de incendiar o castelo, situado no bairro turístico de Arcadia desta cidade portuária no sudoeste da Ucrânia, e pertencente a uma fundação universitária, as explosões de munições de fragmentação danificaram outros edifícios na zona.

“O ataque foi levado a cabo com um míssil balístico Iskander com munições de fragmentação na ogiva. É um armamento indiscriminado”, lê-se num comunicado do Ministério Público ucraniano, que acrescenta que foram encontrados fragmentos de metal e partes do míssil num raio de 1,5 quilómetros.

O Ministério Público acrescenta que “há razões para acreditar que a decisão de utilizar este armamento” no ataque da Rússia tinha como objetivo “matar o maior número possível de civis ucranianos”.

Juntamente com a declaração, a procuradoria distribuiu um vídeo que mostra as explosões das múltiplas submunições ou fragmentos de bombas que dão nome às munições de fragmentação.

As munições de fragmentação são frequentemente utilizadas para destruir vários alvos situados a alguma distância uns dos outros. Este tipo de munição é normalmente utilizado para atingir formações de tanques ou de infantaria e danificar ou derrubar o maior número de veículos blindados ou de caças espalhados numa determinada área.

A Rússia tem atacado incansavelmente cidades ucranianas há meses e avançado na frente oriental da Ucrânia, que ainda aguarda a chegada das armas prometidas pelos Estados Unidos.

Últimas do Mundo

O antigo primeiro-ministro malaio Najib Razak foi hoje condenado a 15 anos de prisão por corrupção no fundo de investimento estatal 1Malaysia Development Berhad (1MDB).
A Comissão Europeia aprovou o pedido do Governo português para reprogramar os fundos europeus do PT2030, bem como dos programas operacionais regionais do atual quadro comunitário de apoio.
A autoridade da concorrência italiana aplicou esta terça-feira uma multa de 255,8 milhões de euros à companhia aérea de baixo custo irlandesa Ryanair por abuso de posição dominante, considerando que impediu a compra de voos pelas agências de viagens.
A Amazon anunciou ter bloqueado mais de 1.800 candidaturas suspeitas de estarem ligadas à Coreia do Norte, quando crescem acusações de que Pyongyang utiliza profissionais de informática para contornar sanções e financiar o programa de armamento.
Os presumíveis autores do ataque terrorista de 14 de dezembro em Sydney lançaram explosivos que não chegaram a detonar durante o ataque na praia de Bondi, onde morreram 16 pessoas, incluindo um dos agressores, segundo documentos revelados hoje.
Milhares de pessoas traficadas para centros de burlas no Sudeste Asiático sofrem tortura e são forçados a enganar outras em todo o mundo, numa indústria multimilionária de escravidão moderna. À Lusa, sobreviventes e associações testemunharam a violência.
O Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC) alertou para o aumento das infeções sexualmente transmissíveis entre jovens, particularmente a gonorreia, e defendeu que a educação sobre esta matéria em contexto escolar é crucial.
A Polícia Judiciária (PJ) está a colaborar com a investigação norte-americana ao homicídio do físico português Nuno Loureiro, estando em contacto com as autoridades e “a prestar todo o suporte necessário às investigações em curso”.
Uma celebração judaica transformou-se num cenário de terror na praia de Bondi, em Sydney. Pai e filho abriram fogo sobre centenas de pessoas, provocando pelo menos 15 mortos e mais de 40 feridos.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) alertou hoje que uma em cada dez crianças no mundo vai precisar de ajuda no próximo ano, com o Sudão e Gaza a registarem as piores emergências infantis.