Abertura dos jogos olímpicos e vergonha no Ocidente

A cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 foi marcada por uma representação alternativa da Santa Ceia de Leonardo da Vinci. Transformaram a pintura religiosa referência da fé cristão em um show de Drags Queens.
O Ocidente está em crise. Ameaçados pelo eixo da resistência, os países ocidentais sofrem desafios crescentes e são ameaçados por ditaduras e países que assassinam opositores, controlam a mídia e representam um grande perigo ao mundo como ele é. As democracias estão na corda bamba. Os governos dito democráticos mostram-se cada vez mais permissivos com temas como corrupção e imigração sem controlo.
Ao inverter o papel e a ordem natural das coisas, os governos ocidentais e suas políticas públicas criam cidadãos fracos, sem confiança e com cada vez mais problemas mentais. Suicídio e perturbações (transtornos) mentais são cada vez mais comuns em jovens, que não toleram nenhum tipo de decepção e não amadurecem nunca.
Confundem o “quê” com o “como”. Na questão migratória, por exemplo, a questão principal não são os imigrantes (o quê), mas sim “como” eles chegam e se comportam nos países que o recebem. Assim, estimulam a vinda de imigrantes ilegais, estimulam o caos na saúde, habitação e transportes, e acabam por fomentar a raiva, ódio e o preconceito.
Na saúde, não são poucos os casos de grávidas que procuram inúmeras maternidades porque as vagas que seriam delas já estão ocupadas por imigrantes. Há grupos especializados em transportar imigrantes para Portugal. Atendidos pelo excelente sistema de saúde publico português, têm um parto de 1.º mundo sem custos e em pouco tempo ainda ganham cidadania. Alguém paga essa conta!
Criam regras ambientais impossíveis de se cumprir e aceitam os produtos chineses sem controlo algum, frutos de uma economia que utiliza mão de obra escrava e infantil, e que tem mais de 70% de matriz energética o carvão. As regras para motores automotivos são cruéis, pois precisam ser tão pequenos e cheios de tecnologias acessórias que são praticamente descartáveis. Um motor Mercedes que rodava mais de um milhão de quilómetros mal suporta 300 mil. E qual o custo de construir e em poucos anos destruir um motor desses? Vale mesmo a pena em termos ambientais?
Estimulam o aborto e a eutanásia e têm sua população reduzida e envelhecida a cada ano que se passa. Ensinam que somos frutos de uma explosão cósmica aleatória e de uma sucessão bilionária de mutações genéticas que nos transformaram de seres unicelulares em “homo sapiens”. Ou seja, seríamos frutos do erro. Erro na transcrição do DNA, que após bilhões de anos, gerou a cada um de nós. Se somos frutos do erro, por que acertar? Por que fazer aquilo que é certo? Por que cultivar a boa educação, a gentileza, o respeito e a justiça se afinal viemos do errado?!
Esqueceram-se de sua história e raízes. Esqueceram do seu berço cristão. O cristianismo teve diversas contribuições significativas para a sociedade atual, incluindo tópicos como valores éticos e morais, o sistema legal, educação, serviço social, movimentos de justiça social, cultura, artes e ciência.
Muitas leis e princípios jurídicos ocidentais têm raízes em ensinamentos cristãos, como a ideia de justiça e a dignidade humana. A Igreja teve um papel importante na fundação das primeiras universidades e escolas, promovendo a educação e o conhecimento ao longo da história. Organizações religiosas como as Santas Casas frequentemente lideraram e ainda lideram inúmeras iniciativas de ajuda humanitária, assistência social e cuidados com os necessitados, reforçando a importância da caridade e do serviço ao próximo.
A religião cristã influenciou profundamente a literatura, a música, a pintura e outras formas de arte, que continuam a moldar a cultura contemporânea. Tem sido uma força motriz em várias lutas por justiça social, direitos civis e igualdade, inspirando líderes como Martin Luther King Jr. e Desmond Tutu.
Em suma, o Cristianismo promove valores como amor, compaixão, perdão e solidariedade, que influenciam as normas éticas em muitas sociedades. Jesus ensinou a amar ao próximo como a si mesmo. Ensinou a dar a outra face. Até a amar o próprio inimigo. A obra de Max Weber, “A ética protestante e o espírito capitalismo”, resume claramente como a Reforma contribuiu para o acesso da Bíblia de forma pessoal, criando laços afetivos íntimos entre o homem e seu Criador. Deixou claro que o chamado de Deus (“Vocatio”) não é apenas dentro da igreja (como padre, freira ou capelão) mas é mais amplo (“Beruf”), pois como engenheiro, professor, enfermeiro, médico, advogado ou qualquer outra atividade, pode-se muito bem servir a Deus, sendo um bom profissional e contribuindo para uma sociedade mais justa e igualitária.
Na ciência, a reforma protestante desempenhou um papel crucial na revolução científica. Ao unir a tradução e leitura da Bíblia com a imprensa de Gutemberg, o povo comum teve acesso à leitura, interpretação, livre arbítrio, senso crítico e busca por conhecimento. Abriu um caminho para ideias e investigações, culminando no método científico. A própria crença protestante cristã de que a natureza revela a obra de Deus motivou muitos cientistas a estudá-la de forma mais detalhada.
Ao cuspir no Cristianismo e em seus pilares, o Ocidente nega-se a si mesmo. Corre o sério risco de ruir e ser subjugado por ditadores e eixos antidemocráticos. Não é a primeira vez que tem seu território ameaçado por legiões do leste e do sul. Que Deus tenha misericórdia do velho continente.

 

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