Rússia anuncia a retirada dos talibãs da sua lista de grupos terroristas

As autoridades russas anunciaram hoje a retirada dos talibãs da sua lista de organizações terroristas, faltando fazer as alterações legislativas necessárias.

© D.R.

O representante especial da Rússia para o Afeganistão, Zamir Kabulov, declarou que “esta não é uma questão de desejo, mas sim uma decisão tomada pelas autoridades russas que terá de ser materializada no âmbito da legislação”, segundo a agência de notícias russa TASS.

Kabulov explicou que o Governo “tem a obrigação de cumprir a legislação” e manifestou esperar que a decisão se concretize oficialmente “num futuro próximo”.

“Isto exige um trabalho minucioso de advogados, deputados e outros organismos governamentais”, esclareceu.

Moscovo considera que os talibãs estão preparados para “lutar contra o ramo mais poderoso do Estado Islâmico, que continua a receber apoio do ocidente, que utiliza o grupo para levar a cabo as suas ações subversivas e de falsa bandeira” em território russo.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, apelou assim à retirada das sanções internacionais impostas contra o Afeganistão e responsabilizou os países ocidentais pela reconstrução do país. Além disso, apelou à devolução a Cabul dos bens “ilegalmente congelados” pela comunidade internacional.

“Não creio que alguém precise de ser convencido disto”, afirmou o ministro, antes de afirmar que Washington e os seus aliados “estão a minar o renascimento do Estado afegão”, apesar de declararem repetidamente “o seu apoio ao povo” do Afeganistão.

“Os Estados Unidos, que ignoram as críticas que lhe são dirigidas, continuam a congelar os bens afegãos, mantendo as suas sanções”, sublinhou Lavrov.

Últimas do Mundo

Centenas de banhistas parisienses deram hoje um mergulho no Sena pela primeira vez desde 1923, o culminar de uma limpeza do icónico rio da capital francesa que começou com os Jogos Olímpicos de 2024.
A Polónia vai destacar cinco mil militares para os controlos fronteiriços com a Alemanha e a Lituânia, a partir de segunda-feira até pelo menos até 5 de agosto, anunciou o Ministério dos Negócios Estrangeiros.
A ilha italiana da Sicília vai acolher o primeiro centro de formação para pilotos de caças F-35 fora dos Estados Unidos, anunciou hoje o ministro da Defesa de Itália, Guido Crosetto.
O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, considerou hoje "uma vergonha" a Marcha do Orgulho Gay, que reuniu no sábado nas ruas de Budapeste dezenas de milhares de pessoas, apesar da proibição da polícia.
A Assembleia Parlamentar da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), reunida esta semana no Porto, pediu hoje "atenção internacional urgente" para o rapto, deportação e "russificação" de crianças ucranianas.
Mais de 50.000 pessoas foram deslocadas temporariamente na Turquia devido a incêndios florestais que têm afetado as províncias de Esmirna, Manisa (oeste) e Hatay (sudeste), anunciou esta segunda-feira a Agência Turca de Gestão de Catástrofes (AFAD).
A Força Aérea polaca ativou todos os recursos disponíveis no sábado à noite durante o ataque russo ao território ucraniano, uma vez que a ofensiva russa afetou territórios próximos da fronteira com a Polónia.
O Papa Leão XIV pediu hoje orações pelo silêncio das armas e pelo trabalho pela paz através do diálogo, durante a oração do Angelus, na Praça de São Pedro, no Vaticano.
Um ataque massivo da Rússia com 477 drones e 60 mísseis, na noite de sábado, causou a morte de um piloto da Força Aérea e seis feridos na cidade ucraniana Smila, denunciou hoje o Presidente da Ucrânia.
A constante ligação aos ecrãs e a proliferação de métodos de comunicação estão a conduzir a dias de trabalho intermináveis com interrupções constantes, com graves consequências para a saúde mental e física, alertam especialistas e vários estudos recentes.