Boeing e sindicatos chegam a acordo de princípio e põem fim à greve

Os sindicatos anunciaram hoje que chegaram a um acordo de princípio com a gigante da indústria da aviação norte-americana Boeing, favorável aos seus 33 mil trabalhadores, que estão em greve há cinco semanas.

© Ryanair

O acordo tem ainda de ser ratificado por uma maioria dos membros da Associação Internacional de Maquinistas antes de entrar em vigor e de os trabalhadores poderem regressar ao trabalho.

“Recebemos uma proposta negociada de resolução da greve que merece ser analisada e apresentada aos nossos membros”, publicou na rede social X o sindicato que representa cerca de 33.000 grevistas, precisando que será submetida a votação na quarta-feira, 23 de outubro.

Os sindicatos já tinham rejeitado quase por unanimidade uma anterior tentativa de acordo, precipitando a primeira greve na empresa em 16 anos, mas a última declaração do sindicato realça que a nova oferta da empresa merece um voto dos seus membros, segundo a CNN.

De acordo com os termos, a proposta agora apresentada garante um aumento dos salários em 35% durante os quatro anos de vigência do contrato, assim como aumentos das contribuições da empresa para os planos de reforma dos colaboradores, embora não reponha o plano de pensões tradicional que foi retirado aos membros do sindicato há 10 anos.

O sindicato atribuiu o mérito da proposta à secretária do Trabalho norte-americana em exercício, Julie Su, por ter negociado o acordo em conversações indiretas entre o sindicato e a administração.

Su também negociou o fim da greve da International Longshoremen’s Association em dezenas de portos nas costas leste e do Golfo no início deste mês, após uma greve de três dias.

Últimas de Economia

Metade dos pensionistas por velhice recebia uma pensão abaixo dos 462 euros, apesar de a média de 645 euros, segundo dados analisados por economistas do Banco de Portugal (BdP), que assinalam ainda as diferenças entre géneros.
O número de passageiros movimentados nos aeroportos nacionais aumentou 4,7% até outubro, face ao mesmo período de 2024, para 63,869 milhões, segundo dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Segundo um relatório do INE realizado em 2025 sobre rendimentos do ano anterior indicam que 15,4% das pessoas estavam em risco de pobreza em 2024, menos 1,2 pontos percentuais (p.p.) do que em 2023.
As exportações de bens caíram 5,2% e as importações recuaram 3% em outubro, em termos homólogos, sendo esta a primeira queda das importações desde junho de 2024, divulgou hoje o INE.
O número de trabalhadores efetivamente despedidos em processos de despedimentos coletivos aumentou 16,4% até outubro face ao período homólogo, totalizando os 5.774, superando o total de todo o ano passado, segundo os dados divulgados pela DGERT.
Os custos de construção de habitação nova aumentaram 4,5% em outubro face ao mesmo mês do ano passado, com a mão-de-obra a subir 8,3% e os materiais 1,3%, de acordo com dados hoje divulgados pelo INE.
Os consumidores em Portugal contrataram em outubro 855 milhões de euros em crédito ao consumo, numa subida homóloga acumulada de 11,3%, enquanto o número de novos contratos subiu 4%, para 157.367, divulgou hoje o Banco de Portugal (BdP).
O Governo reduziu o desconto em vigor no Imposto Sobre Produtos Petrolíferos (ISP), aplicável à gasolina sem chumbo e ao gasóleo rodoviário, anulando parte da descida do preço dos combustíveis prevista para a próxima semana.
Os pagamentos em atraso das entidades públicas situaram-se em 870,5 milhões de euros até outubro, com um aumento de 145,4 milhões de euros face ao mesmo período do ano anterior, segundo a síntese de execução orçamental.
O alojamento turístico teve proveitos de 691,2 milhões de euros em outubro, uma subida homóloga de 7,3%, com as dormidas de não residentes de novo a subir após dois meses em queda, avançou hoje o INE.