Hoje em dia é raro ouvir falar em masculinidade, sem venha acompanhado pelo adjetivo “tóxica”. As características do que é masculino têm sido suprimidas por uma sociedade que caminha para a neutralidade. Esta sociedade de “géneros neutros” não foi referendada ou sequer desejada pela sociedade como um todo, mas os decisores políticos não se coíbem de a promover. A perversidade desta neutralidade reside numa falsa ideia de igualdade. Homens e mulheres já são iguais perante a lei e assim o devem continuar a ser, mas são, distintos por natureza e a promoção da neutralidade penaliza os mesmos. A neutralidade falhou no “empoderamento” das mulheres. Aludindo à retórica feminista: as mulheres deixaram de estar fechadas no espaço doméstico para passar a responder perante os patrões ou acumular as responsabilidades. Segundo o INE, 78% das mulheres trabalhadoras despendem pelo menos 2 horas diárias na prestação de cuidados e na realização de tarefas domésticas. Porém, não quero continuar este debate com base no ginocentrismo. Estes argumentos já são apresentados por inúmeras personalidades da esquerda à direita. Contudo, não se ouvem defesas ou elogios à masculinidade. O cavalheirismo, a bravura, o sentido de proteção, a destreza para trabalhos práticos nunca é referida, nem sequer agradecida. Contamos com esta força para as obras, a mineração ou para as atividades de risco. Silenciamos e ocultamos os autores dessa força motriz da sociedade. Isso tem resultado na exclusão social dos homens: a maioria dos reclusos, dos sem-abrigo ou dos toxico-dependentes são homens. As taxas de abandono e insucesso escolar são superiores às das mulheres. Não conheço nenhum homem que não seja filho de uma mulher, por isso é tempo de cessar-fogo e perceber que a lógica marxista de luta de classes (luta de sexos) nos penaliza mutuamente. Os jovens rapazes precisam de respostas e isso é evidente à medida em que aderem a discursos mais extremados. Estes extremos subverterem esta masculinidade numa força bruta indomável e egoísta. A masculinidade não pode padecer nem às mãos dos que querem extingui-la, nem às mãos dos que querem pervertê-la. O mundo carece de homens alinhados com o espírito ancestral “da mente sã, corpo são” e precisa de homens com espírito patriótico dispostos a dar a vida pelo seu país. As famílias precisam de pais presentes. Quando um pai se converte primeiro ao cristianismo há 93% de probabilidade de toda a família se converter, este número reduz-se a 13% quando a mãe dá esse passo e a 3,5% quando um filho abraça essa fé. Este é apenas um de muitos indicadores que nos mostram como os homens têm capacidade de inspirar e multiplicar o que de bom abraçam na sua vida. Homens fortes produzem famílias fortes, que por sua vez conduzem a nações fortes!