Governo elimina obrigação de declarar juros e subsídio de refeição no IRS

O Governo vai anular a obrigatoriedade de declarar no IRS os rendimentos como os juros, mais-valias, dividendos, subsídios de refeição, ajudas de custo ou seguros, noticia hoje o jornal Público.

© Folha Nacional

Fonte do Ministério das Finanças disse ao jornal que o Governo vai aprovar num dos próximos Conselhos de Ministros um decreto-lei que elimina a obrigatoriedade de declarar, para efeitos de IRS do ano passado e anos seguintes, os rendimentos sujeitos a taxas liberatórias não englobados acima de 500 euros (como juros, mais-valias ou dividendos) e dos rendimentos não sujeitos a este imposto superiores a 500 euros (por exemplo, subsídio de alimentação, ajudas de custo, seguros).

A mesma fonte referiu também que o mesmo decreto vai clarificar a obrigação de declarar ativos obtidos em sociedades ‘offshore’ (paraísos fiscais), pelo que integrará uma lista do tipo de ativos que terão de ser reportados na declaração de IRS.

O Governo considera que a lei prevista no Orçamento do Estado, que se aplicaria pela primeira vez nas declarações referentes aos rendimentos obtidos no ano passado, “não era suficientemente clara”, e tornaria o processo mais complexo para os contribuintes e para a Autoridade Tributária (AT).

Representaria igualmente um retrocesso para os contribuintes que recorrem ao IRS automático, porque obrigava à declaração de informações já detidas pela AT.

A obrigação declarativa, que começaria a verificar-se na campanha de IRS, a começar no mês de abril, iria reduzir o número de sujeitos passivos que poderiam usar o IRS automático.

A secretária de Estado dos Assuntos Fiscais, Cláudia Reis Duarte, disse ao Público acreditar que a “eliminação destas obrigações evita um número significativo de declarações com erros”.

Com esta mudança o Governo pretende afunilar a obrigação de reporte apenas no que diz respeito aos ativos ‘offshore’.

Últimas de Economia

O número total de compras realizadas entre 01 e 24 de dezembro aumentou 8% face a 2024, tendo as compras no comércio ‘online’ crescido 19%, segundo dados da SIBS Analytics divulgados hoje.
A taxa de inflação no conjunto de 2025 terá sido de 2,3%, segundo a estimativa rápida do INE divulgada hoje, após em 2024 terá sido de 2,4%.
A TAP chega ao final de 2025, dados previstos para concluir o plano de reestruturação acordado com Bruxelas, com grande parte das medidas realizadas, mas com compromissos ainda por cumprir, abrindo a porta a um eventual alargamento do calendário.
O esclarecimento surge depois de esta manhã o Ministério do Trabalho ter indicado que os aumentos das pensões para o próximo ano só seriam pagos a partir de fevereiro "e com retroativos a janeiro".
A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP recomprou 900 milhões de euros de dívida pública, num nível de “excesso de liquidez da tesouraria do Estado”, segundo foi hoje anunciado.
O valor do indexante dos apoios sociais (IAS) para o ano de 2026 é de 537,13 euros, de acordo com uma portaria publicada hoje em Diário da República.
O número de trabalhadores em ‘lay-off’ aumentou 19,2% em novembro, em termos homólogos, e aumentou 37,3% face a outubro, para 7.510, atingindo o número mais elevado desde janeiro, segundo dados da Segurança Social.
A Autoridade da Concorrência (AdC) vai intensificar em 2026 o combate a cartéis, com especial enfoque na contratação pública, segundo as prioridades de política de concorrência hoje divulgadas.
O valor médio da construção por metro quadrado que é tido em conta no cálculo do IMI vai subir 38 euros em 2026, passando dos actuais 532 euros para 570, segundo uma portaria hoje publicada em Diário da República.
O Presidente da República prometeu hoje o fim da taxa sobre empresas produtoras de energia elétrica e disse que espera que “garanta mesmo tratamento mais favorável para os contribuintes”.