A crescente pressão para uma “União Europeia da Defesa” representa uma ameaça direta à soberania nacional. A criação de um comando militar supranacional pode significar, para Portugal, o risco de perda de controlo sobre prioridades vitais, como a segurança do Atlântico e da nossa vasta Zona Económica Exclusiva (ZEE) e plataforma continental — uma das maiores do mundo.
A defesa nacional deve ainda respeitar os compromissos assumidos na NATO e reforçar a relação transatlântica com os EUA e o Canadá, não substituí-la por estruturas paralelas e ineficazes. Impor uma política de defesa comum é também impor uma visão única da ameaça, ignorando as realidades distintas de cada Estado-membro. Os desafios no Báltico não são os mesmos do Mediterrâneo ou do Atlântico Sul. Portugal não pode aceitar que a sua política de segurança seja ditada por burocratas em Bruxelas, alheios à nossa realidade geoestratégica.
A segurança é uma questão de sobrevivência nacional, não de burocracia supranacional. Por isso reafirmamos: a cooperação deve ser voluntária e respeitar a soberania de cada Estado. A Europa deve unir-se — sim — mas nunca à custa da independência de cada Nação.