No debate desta quarta-feira, frente ao secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, o líder do CHEGA responsabilizou o partido comunista por contribuir para “despesas de milhões de euros” para o Estado com institutos, fundações, nomeações políticas e cargos autárquicos.
“O CHEGA ainda não teve oportunidade de governar, ao contrário do PCP – que apoiou o Partido Socialista deixando o país com uma carga fiscal recorde de 35,8% do PIB em 2021”, atirou Ventura, acrescentando: “Mais de 70 mil milhões pagámos em impostos por causa das vossas brincadeiras, a brincadeira da geringonça.”
Nesta senda, André Ventura recordou o ano em que o PCP votou contra o Orçamento do Estado para 2022 apresentado pelo Governo socialista de António Costa, contribuindo para a queda do Governo e para uma ida antecipada às urnas que terminaria com a maioria absoluta para o PS.
“Em 2021, quando o PCP deixou de apoiar o Governo, estavam sem médico de família 1,1 milhões de pessoas. Vosso apoio. Sabe quanto era a carga fiscal (…)? 35,8% do PIB, recorde. Mais de 70 mil milhões pagámos em impostos por causa das vossas brincadeiras (…) Sabe quantos alunos estavam sem aulas? 26 mil não tinham professores”, vincou.
Por fim, o presidente do CHEGA acusou o PCP de hipocrisia por “ocupar terras” e “pagar muito menos IMI”, afirmando que o opositor “não percebe nada de economia”.
Apenas numa coisa Ventura e Raimundo estiveram de acordo, com uma frase repetida por ambos: “Há um mundo de diferença entre nós.”