Renegociações de crédito à habitação caem em julho para 346 milhões

As renegociações de crédito à habitação caíram em julho para 346 milhões de euros, num recuo de 32,4% em termos homólogos, segundo dados hoje publicados pelo Banco de Portugal (BdP).

© DR

De acordo com os dados do regulador bancário, em julho deste ano foram renegociados contratos de crédito à habitação no valor de 346 milhões de euros, menos oito milhões de euros que em junho e menos 166 milhões de euros face ao mesmo mês do ano passado.

As renegociações no crédito à habitação foram, aliás, um dos principais fatores para a redução no valor global das renegociações, que caíram 30,6% em termos homólogos, para 386 milhões de euros. Em cadeia, a descida foi de seis milhões de euros.

No total, em julho, as novas operações de empréstimo – que incluem créditos totalmente novos e contratos renegociados – ascenderam a 3.418 milhões de euros, mais 27,9% do que há um ano, e mais 284 milhões de euros que em junho.

Deste montante, 3.033 milhões de euros disseram respeito a novos contratos, o valor mais alto da série histórica e mais 284 milhões de euros que em junho.

Apenas no crédito à habitação, entre novos contratos e renegociações, o valor contratado foi de 2.105 milhões de euros, mais 190 milhões de euros que no mês anterior.

Em julho, mais de metade (59%) do montante dos novos contratos para a compra de casa foi feita por jovens com idade igual ou inferior a 35 anos, um valor equivalente ao registado no mês anterior.

Nos empréstimos ao consumo, o montante dos novos contratos subiu 80 milhões de euros no espaço de um mês, para 636 milhões de euros, enquanto as novas operações para outros fins cresceram 20 milhões de euros para 291 milhões de euros.

Em julho, a taxa de juro média para as novas operações de crédito ao consumo baixou 0,04 pontos percentuais (p.p.) face a junho, para 8,82%, enquanto nos empréstimos para outros fins, a taxa de juro média baixou 0,06 p.p. para 3,50%.

No caso das empresas, as novas operações de empréstimos somaram 2.804 milhões de euros, menos 292 milhões de euros que em junho.

“Esta diminuição observou-se quer nos novos contratos, quer nos contratos renegociados, cujos montantes se reduziram 61 e 231 milhões de euros, para 2.569 e 235 milhões de euros, respetivamente”, refere o BdP.

Para as empresas, a taxa de juro média das novas operações de empréstimos desceu 0,02 p.p. comparando com junho, para 3,65%, contra 5,11% um ano antes.

Últimas de Economia

Os consumidores em Portugal contrataram em outubro 855 milhões de euros em crédito ao consumo, numa subida homóloga acumulada de 11,3%, enquanto o número de novos contratos subiu 4%, para 157.367, divulgou hoje o Banco de Portugal (BdP).
O Governo reduziu o desconto em vigor no Imposto Sobre Produtos Petrolíferos (ISP), aplicável à gasolina sem chumbo e ao gasóleo rodoviário, anulando parte da descida do preço dos combustíveis prevista para a próxima semana.
Os pagamentos em atraso das entidades públicas situaram-se em 870,5 milhões de euros até outubro, com um aumento de 145,4 milhões de euros face ao mesmo período do ano anterior, segundo a síntese de execução orçamental.
O alojamento turístico teve proveitos de 691,2 milhões de euros em outubro, uma subida homóloga de 7,3%, com as dormidas de não residentes de novo a subir após dois meses em queda, avançou hoje o INE.
A taxa de inflação homóloga abrandou para 2,2% em novembro, 0,1 pontos percentuais abaixo da variação de outubro, segundo a estimativa provisória divulgada hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
O ‘stock’ de empréstimos para habitação acelerou em outubro pelo 22.º mês consecutivo, com um aumento homólogo de 9,4% para 109.100 milhões de euros, divulgou hoje o Banco de Portugal (BdP).
A proposta de lei de Orçamento do Estado para 2026 foi hoje aprovada em votação final global com votos a favor dos dois partidos que apoiam o Governo, PSD e CDS-PP, e com a abstenção do PS. Os restantes partidos (CHEGA, IL, Livre, PCP, BE, PAN e JPP) votaram contra.
O corte das pensões por via do fator de sustentabilidade, aplicado a algumas reformas antecipadas, deverá ser de 17,63% em 2026, aumentando face aos 16,9% deste ano, segundo cálculos da Lusa com base em dados do INE.
O indicador de confiança dos consumidores diminuiu em novembro, após dois meses de subidas, enquanto o indicador de clima económico aumentou, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Os gastos do Estado com pensões atingem atualmente 13% do PIB em Portugal, a par de países como a Áustria (14,8%), França (13,8%) e Finlândia (13,7%), indica um relatório da OCDE hoje divulgado.