Em declarações aos jornalistas na Moita, distrito de Setúbal, antes de uma ação de campanha autárquica, o Presidente do CHEGA afirmou que Mariana Mortágua “quis colocar-se numa situação de vitimização perante o país” e considerou que “não correu muito bem, pelo menos a avaliar pela reação que veio das pessoas, de grande indignação”.
André Ventura acusou também a bloquista de querer “criar um número, a não sei quantos milhares de quilómetros daqui, quando o país tem sérias dificuldades”.
“Eu acredito que em Gaza haja insegurança, que em Gaza haja falta de alimentos, que em Gaza haja pessoas que estão a passar mal. Mas é que aqui em Setúbal também, aqui na Moita também, em Lisboa também, em Sintra também, no Porto também, no Algarve também, no Alentejo também. A Mariana Mortágua é deputada da nação, não é deputada palestiniana”, defendeu.
O Presidente do CHEGA criticou também que os quatro ativistas que integraram a flotilha humanitária Global Sumud tenham sido recebidos pelo secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Emídio Sousa, na chegada a Lisboa, depois de terem sido detido por Israel.
“Mais ridículo ainda, se se pode juntar a isso tudo, é depois de uma palhaçada destas, nós temos o secretário de Estado a ir para o aeroporto para receber estas pessoas. Só nos falta mesmo, só nos falta mesmo, um dia irmos receber terroristas ao aeroporto ou à estação de Santa Apolónia. Só falta isso. Tipos da ETA, tipos do Hamas no barco, e nós mandamos para lá um membro do governo”, criticou.
Em representação do Governo, os ativistas foram recebidos à chegada ao aeroporto, no domingo, pelo secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Emídio Sousa.