Polícias sem meios: agentes compram algemas, coletes e lanternas do próprio bolso

As queixas sobre falta de material nas forças de segurança continuam a acumular-se, com polícias e guardas a relatarem que, para conseguirem desempenhar funções básicas, têm sido obrigados a comprar equipamento essencial.

©️ LUSA/ ANTÓNIO PEDRO SANTOS

Lanternas, algemas, coletes refletores e até peças de fardamento são, em muitos casos, adquiridos pelos próprios agentes devido à escassez ou má qualidade do material fornecido.

Paulo Macedo, presidente do Sindicato dos Profissionais da Polícia, sublinha que situações deste género se tornaram rotina: “O trabalho noturno exige lanternas e a PSP não as disponibiliza. O policial é obrigado a comprar a sua própria lanterna para poder patrulhar.” Já na GNR, o cenário não é diferente. Segundo César Nogueira, presidente da Associação Nacional de Guardas, muitos preferem comprar algemas novas ou coletes refletores, porque os existentes “têm décadas” ou simplesmente “nunca chegam”.

A situação agrava-se quando se fala de coletes balísticos, cujo número é insuficiente. Estes equipamentos passam de mãos em mãos durante o dia, obrigando vários profissionais a utilizarem o mesmo colete. Na PSP, há ainda queixas sobre a plataforma de aquisição de fardamento: os prazos de entrega são longos e, quando o material finalmente chega, as peças apresentam falhas evidentes de qualidade , desde desgaste precoce até tamanhos incoerentes.

Os representantes dos agentes lembram ainda que várias promessas governamentais continuam por cumprir, incluindo a disponibilização das muito anunciadas bodycams, que continuam sem chegar ao terreno apesar de sucessivos compromissos públicos.

Num momento em que as forças de segurança enfrentam exigências crescentes, sindicatos alertam que a falta de meios básicos compromete a eficácia operacional e expõe os agentes a riscos desnecessários.

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