“A polícia confirma que 15 pessoas morreram e 42 continuam hospitalizadas, após o tiroteio de ontem (domingo, na Austrália) em Bondi”, indicou a polícia de Nova Gales do Sul num comunicado divulgado na rede social X.
O número de mortos, que passou de 11 para 15 na segunda-feira de manhã (hora na Austrália), não inclui um dos atiradores, abatido pela polícia durante o ataque, precisaram as autoridades.
Segundo a polícia, os dois atacantes eram pai e filho, de 50 e 24 anos, respetivamente.
“O homem de 50 anos está morto. O homem de 24 anos está agora no hospital”, anunciou o comissário de polícia de Nova Gales do Sul, Mal Lanyon, numa conferência de imprensa.
Munidos com armas semiautomáticas, os dois atacantes abriram fogo sobre centenas de pessoas reunidas no domingo na praia de Bondi, em Sydney, para celebrar o Hannukah, no que o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, classificou como um ato terrorista antissemita.
A polícia atualizou na segunda-feira de manhã o número de vítimas do ataque, depois de o ministro da Saúde de Nova Gales do Sul, Ryan Park, ter anunciado que o balanço de mortos tinha subido de 12 para 16 durante a noite, incluindo uma criança de 12 anos.
Outras três crianças continuam hospitalizadas, a receber tratamento para ferimentos de bala, indicou o responsável.
“Isto é absolutamente horrível para a comunidade em geral, mas particularmente para a comunidade judaica. Aquilo a que assistimos ontem à noite foi o pior da humanidade, mas, ao mesmo tempo, o melhor da humanidade”, disse Park.
O governante local referia-se ao facto de um homem ter arrancado uma arma das mãos de um dos atiradores e lha ter seguidamente apontado, enquanto recuava – o que foi gravado em imagens que se tornaram virais nas redes sociais.
Os australianos saudaram no domingo este homem e Albanese classificou-o como “um herói”.
“É uma pessoa extremamente corajosa que enfrentou um dos atiradores e salvou muitas vidas. Esta pessoa, muito corajosa, está agora hospitalizada, com ferimentos graves”, comentou o Presidente norte-americano, Donald Trump, a partir da Casa Branca.
“No meio de todo este horror, no meio de toda esta tristeza, ainda há australianos maravilhosos e corajosos, prontos a arriscar a vida para ajudar perfeitos desconhecidos”, reagiu o primeiro-ministro do estado australiano de Nova Gales do Sul, Chris Minns.
A estação televisiva local 7News identificou o homem como Ahmed al-Ahmed, de 43 anos, vendedor de fruta, e noticiou que ele foi ferido a tiro duas vezes durante o tiroteio.
Um dos atiradores foi abatido a tiro pela polícia, ao passo que o segundo foi detido e se encontra em estado crítico, segundo as autoridades.
A polícia indicou que um dos atacantes era conhecido dos serviços de segurança, mas não existia “ameaça suficiente”.
Está agora a analisar uma série de objetos suspeitos, entre os quais engenhos explosivos improvisados, encontrados no veículo de um dos autores do ataque.
O massacre numa das praias mais populares da Austrália ocorreu após uma onda de ataques antissemitas que abalaram o país no último ano, embora as autoridades não tenham dado a entender que estes ataques e o tiroteio de domingo estivessem relacionados.
Foi o ataque armado mais mortífero em quase três décadas num país com leis rígidas de controlo de armas de fogo.