A Guarda Costeira dos Estados Unidos afirmou ser provável ter recuperado “presumíveis restos humanos” dos destroços do submersível que implodiu numa viagem para ver o Titanic, no oceano Atlântico.
A informação foi divulgada horas depois de ser anunciado que os destroços do submersível Titan tinham chegado a São João da Terra Nova, capital da província canadiana de Terra Nova, tendo sido descarregados num cais da Guarda Costeira do Canadá.
A recuperação e análise dos destroços é parte fundamental da investigação para determinar as causas da implosão do Titan, na qual morreram as cinco pessoas a bordo.
“Ainda há muito trabalho a ser feito para entender os fatores que levaram à perda catastrófica do Titan e ajudar a garantir que uma tragédia semelhante não ocorra novamente”, disse Jason Neubauer, da Guarda Costeira dos EUA, num comunicado divulgado no final da tarde de quarta-feira.
Os “presumíveis restos” vão ser levados para os Estados Unidos, onde profissionais médicos vão fazer uma análise formal, e a Guarda Costeira iniciou uma investigação da implosão ao mais alto nível, disse Neubauer, observando que o conselho de investigação da Marinha vai analisar e testar provas, incluindo pedaços de detritos.
O responsável disse ainda que as provas vão fornecer “informações importantes” sobre a causa da implosão.
Os destroços do Titan foram localizados a cerca de 3.810 metros de profundidade e a quase 488 metros do Titanic, no leito oceânico, indicou, na semana passada, a Guarda Costeira.
A implosão do veículo subaquático ocorreu durante a descida em direção ao Titanic, o luxuoso paquete naufragado em 1912 na viagem inaugural, depois de embater num icebergue.
A 22 de junho, as autoridades anunciaram que o submersível Titan, dado como desaparecido a 18 de junho, tinha implodido e as cinco pessoas a bordo estavam mortas.
A OceanGate Expeditions, a empresa proprietária e operadora do Titan, está sediada nos Estados Unidos, mas o submersível estava registado nas Bahamas. A OceanGate tem sede em Everett, Washington, mas encerrou quando os restos do Titan foram encontrados.
A operadora cobrou a cada um dos passageiros 250.000 dólares (229.000 euros) para participar na viagem. A implosão do Titan tem levantado questões sobre a segurança de operações de exploração subaquática privadas.