Jinping eleva relação com Venezuela para nível máximo no protocolo chinês

O Presidente chinês, Xi Jinping, anunciou hoje a elevação da relação entre a China e a Venezuela para o mais alto nível protocolar, durante uma reunião em Pequim com o homólogo venezuelano, Nicolás Maduro.

©facebook.com/people/习近平-Xi-Jinping

“Estou muito satisfeito por anunciar a elevação das relações entre a China e a Venezuela para o nível de parceria estratégica nos ‘momentos bons e maus'”, disse Xi Jinping, citado pela televisão estatal CCTV.

Este é o mais alto nível das relações com a diplomacia chinesa. Apenas alguns países, incluindo Paquistão, Rússia ou Bielorrússia, têm direito a este tratamento.

Xi recebeu Maduro com guarda de honra, salvas de canhão e o hino dos dois países tocado por uma banda militar, no Grande Palácio do Povo, o edifício monumental contíguo à Praça Tiananmen.

Pequim é a quarta paragem de Maduro, na deslocação de sete dias à China, após visitar as cidades Shenzhen e Xangai e a província de Shandong, de onde partiu num comboio de alta velocidade para a capital chinesa.

O governante, que já visitou a China cinco vezes desde que ascendeu ao poder – a última em 2018 -, vai permanecer no país asiático até quinta-feira.

A China tem sido um parceiro estratégico da Venezuela e esta visita visa reforçar ainda mais a cooperação em vários domínios, nomeadamente económico, tecnológico e diplomático, segundo uma porta-voz do Governo chinês.

Pequim mantém relações próximas com o Presidente venezuelano, que se encontra isolado na cena internacional. A China é um dos principais credores da Venezuela, cujo PIB (produto interno bruto) afundou 80%, nos últimos dez anos, devido a uma grave crise económica.

A Venezuela procura o apoio da China para reanimar a sua economia, que foi atingida por uma das mais altas taxas de inflação do mundo (436% em maio).

Crítico feroz dos Estados Unidos, Nicolás Maduro elogiou a China como um país “sem um império hegemónico que chantageia, domina e ataca os povos do mundo”.

Xi Jinping visitou a Venezuela em 2014.

Últimas de Política Internacional

A Ucrânia está pronta para assinar "a qualquer momento" o acordo-quadro sobre a exploração dos seus recursos naturais pelos Estados Unidos, apesar do anúncio da Casa Branca da suspensão da ajuda militar norte-americana, disse hoje o primeiro-ministro.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou hoje, em Bruxelas, querer mobilizar 800 mil milhões de euros para investimento na defesa europeia.
Os EUA saudaram hoje uma iniciativa europeia para "assumir a liderança em matéria de segurança" no continente, após uma reunião no domingo entre os principais líderes da região e o Canadá, para discutir a guerra na Ucrânia.
O primeiro-ministro da Hungria, o nacionalista Viktor Orbán, disse no domingo que os líderes europeus que se reuniram em Londres querem prolongar a guerra na Ucrânia em vez de buscar a paz, o que considerou "mau, perigoso e errado".
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, reconheceu hoje em Londres a necessidade de dar aos Estados-membros "espaço fiscal" para investir na defesa e prometeu um plano para "rearmar" a Europa.
O primeiro-ministro britânico defendeu hoje que os aliados devem continuar o apoio militar à Ucrânia e manter as sanções contra a Rússia enquanto trabalham numa "coligação" de países dispostos a integrar uma força de manutenção de paz.
A presidente da Comissão Europeia, que vai participar hoje numa cimeira em Londres sobre a Ucrânia, afirmou que a União Europeia (UE) vai aumentar as despesas com defesa, defendendo que "a fraqueza gera mais guerra".
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, revelou hoje que o Reino Unido, a França e a Ucrânia concordaram em trabalhar num plano de cessar-fogo para apresentar aos Estados Unidos.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, considerou hoje que o apoio do seu homólogo norte-americano, Donald Trump, "é crucial" para a Ucrânia, apesar da acesa discussão entre ambos, na sexta-feira, na Casa Branca.
O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Marco Rubio, apelou ao Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que peça desculpas após um confronto verbal com o homólogo norte-americano, Donald Trump na Casa Branca.