Pacheco de Amorim reivindica espírito reformista da AD de Sá Carneiro

O deputado Diogo Pacheco de Amorim considerou hoje que a coligação que junta PSD, CDS-PP e PPM, a Aliança Democrática (AD), é um "péssimo 'remake'" da original, defendendo que o espírito reformista de Sá Carneiro está no CHEGA.

© Folha Nacional

Numa intervenção perante a 6.ª Convenção Nacional do CHEGA, que decorre em Viana do Castelo, o parlamentar afirmou que a “suposta nova AD” é “‘fake’ [falsa], feita na Tailândia”.

Diogo Pacheco de Amorim recordou a sua participação, então como membro do CDS, na “verdadeira AD”, que tinha “corpo e alma”, e por isso consegue “ver a diferença” face a esta coligação.

“A verdadeira AD nasceu para lutar contra a esquerda, esta parece que nasceu para lutar contra a direita”, afirmou o adjunto da direção de André Ventura.

Pacheco de Amorim, um dos ideólogos do CHEGA, defendeu que “não é neste péssimo ‘remake’ da AD que reside o espírito reformista de Sá Carneiro”, antigo primeiro-ministro e líder do PPD, considerando que “esse espírito está hoje no CHEGA”.

O deputado disse também que o partido tem contado com pessoas vindas do PSD, da IL, do CDS-PP que “querem lutar por um verdadeiro Portugal”.

“Que sejam bem-vindos todos, todos os que vierem por bem e todos os que se vierem juntar à nossa luta. Todos juntos seremos a onda imparável que vai devolver Portugal aos portugueses”, afirmou, considerando que “chega de usurpação”.

No início das intervenções políticas, o deputado do CHEGA Filipe Melo considerou que nas eleições de 10 de março os portugueses têm duas escolhas: André Ventura ou o líder do PS, Pedro Nuno Santos.

O líder do CHEGA, de acordo com Filipe Melo, é “um homem sério, leal, inteligente, com provas dadas” e que a quem todos reconhecem “grande mérito” e como sendo “o melhor parlamentar dos últimos anos, das últimas décadas em Portugal”.

A outra opção, continuou o deputado do CHEGA, é Pedro Nuno Santos que disse que fez parte de um Governo de sucesso, questionando onde esteve esse sucesso dando como exemplo a saúde, a educação, a TAP, a localização do aeroporto ou os CTT.

Filipe Melo pediu um “cartão vermelho” ao PS nas legislativas antecipadas e deixou um desejo: “queremos André Ventura a governar”.

A primeira intervenção coube a Elsa Abreu, presidente da distrital de Viana do Castelo, que caiu ao chegar junto do microfone.

Depois de se levantar, a dirigente defendeu que o CHEGA deve mostrar que está “mais unido e preparado para governar”.

“Não precisamos de ninguém para vencer, muito menos de coligações anémicas”, salientou.

A 6.ª Convenção Nacional do CHEGA, que decorre entre hoje e domingo em Viana do Castelo, retomou os trabalhos perto das 23h00, com intervenções políticas dos delegados, depois de uma pausa para eleição da Mesa deste órgão.

Últimas de Política Nacional

O Tribunal Constitucional (TC) confirmou, em conferência, a decisão definitiva de perda de mandato do presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, do PS, por uso indevido de um carro deste município do distrito do Porto.
O antigo primeiro-ministro José Sócrates apresenta na terça-feira, em Bruxelas uma queixa-crime contra o Estado português no Tribunal dos Direitos do Homem relativa à Operação Marquês, em que é acusado e se arrasta há 14 anos.
O presidente do CHEGA exigiu hoje a revogação do acordo, no âmbito da CPLP, que permite residência após entrada com visto de turismo ou de estudante, e insistiu na perda da nacionalidade para quem cometa crimes.
O presidente do CHEGA anunciou hoje que vai propor um desagravamento do IRS maior do que o previsto pelo Governo para contribuintes dos escalões da classe média e uma dedução das despesas de habitação até 850 euros.
O CHEGA anunciou hoje que Miguel Corte-Real, de 39 anos, gestor, será o candidato do partido a presidente da Câmara Municipal do Porto nas próximas eleições autárquicas.
O CHEGA vai votar a favor da comissão de inquérito à gestão do INEM proposta pela IL, e quer também uma auditoria “independente completa” aos serviços de saúde que abranja os últimos 10 anos.
O Parlamento aprovou hoje o pedido de urgência do Governo para apreciação da proposta de lei do Governo sobre IRS, apenas com a abstenção do PCP.
Apesar de o Governo ter “dado razão ao CHEGA” na imigração, as medidas ficam aquém. Ventura não poupa nas críticas e acusa o Executivo de “andar a reboque” das ideias que o CHEGA defende há anos.
O encerramento das grandes superfícies aos domingos e feriados e a redução do período de funcionamento destes espaços até às 22:00 foi hoje rejeitado pelo PSD, CDS, CHEGA, PS e IL.
Segundo o Projeto de Lei, os motivos invocados prendem-se com a Constituição que garante a igualdade e dignidade social, sem privilégios por religião, ideologia ou género, e não só.