Este valor inclui as vendas das subsidiárias, incluindo a Lexus, a Daihatsu e a fabricante de camiões Hino, representando um aumento de 7,2% nas vendas globais do grupo, incentivadas pela forte procura no Japão, América do Norte e Europa.
Só a marca Toyota vendeu 10,31 milhões de veículos em todo o mundo, um aumento de 7,7%, apesar do impacto da escassez de semicondutores.
Por outro lado, as vendas de automóveis da empresa japonesa diminuíram ligeiramente na China devido à intensificação da concorrência local e também caíram na Tailândia e no Vietname devido ao enfraquecimento das economias locais.
Embora a Toyota tenha perdido terreno nos veículos totalmente elétricos, o grupo beneficiou de um aumento nas vendas de automóveis híbridos.
A rival alemã Volkswagen vendeu 9,24 milhões de veículos no ano passado (mais 12%), enquanto a sul-coreana Hyundai-Kia manteve o terceiro lugar, com 7,3 milhões de unidades vendidas em 2023 (mais 6,7%).
O recorde anterior de vendas da Toyota era de 10,74 milhões de veículos, em 2019.
A produção global do grupo japonês também aumentou 8,6%, para um recorde de 11,52 milhões de veículos.
Estes dados surgem um dia depois do líder da Toyota, Koji Sato, ter pedido desculpas aos clientes, fornecedores e revendedores por irregularidades relacionadas com o controlo da qualidade dos veículos.
Horas antes, o grupo tinha revelado que a filial Toyota Industries Corporation cometeu irregularidades nas medições de potência de três motores a gasóleo fabricados pela empresa e instalados em 10 dos modelos de veículos vendidos a nível mundial.
Apesar de uma nova verificação tenha confirmado que os veículos “cumprem as normas legais”, a Toyota decidiu suspender temporariamente as exportações dos motores e dos modelos equipados com os mesmos componentes, informou a empresa japonesa em comunicado.
Tratam-se dos modelos Land Cruiser Prado, o Land Cruiser 300, a Hilux, o Fortuner e a carrinha Hiace.
“Faremos o possível para retomar a produção o mais rápido possível”, disse Koji Sato numa conferência de imprensa, na noite de segunda-feira, na sede da Toyota, em Tóquio.
“A direção não foi capaz de compreender e acompanhar totalmente os detalhes do que estava a acontecer no terreno”, admitiu Sato.
O executivo reconheceu também que os trabalhadores se tinham sentido pressionados para despachar os testes numa indústria intensamente competitiva.
Em dezembro, a Daihatsu suspendeu todas as entregas de veículos dentro e fora do Japão, depois de ter descoberto que os testes de segurança e as emissões da maioria dos modelos foram manipulados.
Em março de 2022, a Hino admitiu ter apresentado às autoridades japonesas dados fraudulentos sobre as emissões e economia de combustível.