O papa, de 87 anos, visitou um lar de idosos em Singapura e rezou brevemente com eles, antes de ir a uma escola secundária católica para um encontro com jovens.
Como é habitual neste tipo de eventos, Francisco escolheu não seguir o discurso escrito para dialogar livremente com os jovens que lhe perguntaram sobre o diálogo inter-religioso e as novas tecnologias.
“O jovem tem de ser crítico, uma crítica construtiva, porque há críticas destrutivas que não constroem um novo caminho”, afirmou o papa, que convidou ainda as pessoas a “aceitar as críticas”.
Francisco disse aos jovens ser preciso “ter a coragem de seguir em frente, de sair da zona de conforto, porque um jovem que sai do seu mundo de conforto na sua vida é um jovem que cresce, mas não na barriga, mas sim na mente”.
“Um jovem que não arrisca é um velho”, acrescentou o líder religioso, que pediu aos jovens para não terem medo de cometer erros.
Sobre as novas tecnologias, o papa afirmou que um jovem que não utiliza as redes sociais “fica preso”, mas que “um jovem que vive escravo delas está perdido”.
“Usem as redes sociais para vos ajudar a avançar, mas não para que nos tornem escravos”, sublinhou.
Francisco falou também de ‘bullying’ e, num país multirreligioso, apelou para o diálogo e o respeito.
“Só há um Deus e há vários caminhos e linguagens para chegar a Deus”, defendeu.
Depois deste encontro, que encerrou a deslocação mais longa do seu pontificado, Francisco partiu de Singapura para o Vaticano, onde é esperado às 18:25 (15:25 em Lisboa). Nos últimos 12 dias, o papa visitou a Indonésia, a Papua Nova Guiné e Timor-Leste.
A partir de 26 de setembro, Francisco fará uma nova viagem de quatro dias ao Luxemburgo e à Bélgica, antes de avançar com a Assembleia Geral do Sínodo sobre o futuro da Igreja, em outubro.