Austrália critica Elon Musk por chamar “fascista” ao seu governo

O primeiro-ministro da Austrália criticou hoje o proprietário da multinacional X por ter chamado "fascista" ao seu governo, depois de este anunciar uma proposta de lei para que as redes sociais paguem multas se não controlarem a desinformação.

© Facebook de Anthony Albanese

“As redes sociais têm uma responsabilidade social. Se o senhor Musk não entende isso, isso diz mais sobre ele do que sobre o meu governo”, disse, em declarações aos jornalistas, em Camberra, a capital, Anthony Albanese, citado pelo seu gabinete.

A proposta de lei do governo australiano prevê que as redes sociais e plataformas digitais possam ser multadas até 5% da sua receita global se disseminarem informações enganosas e falsas que causem danos graves.

Segundo o governo australiano, a proposta procura combater os graves danos causados pela disseminação de desinformação sobre a segurança, a saúde e o bem-estar dos australianos, bem como sobre a democracia, a sociedade e a economia do país.

Com a lei, o executivo de Camberra pretende dar mais poderes à Autoridade Australiana de Comunicações e Média (ACMA) para supervisionar e regular.

Entre outras medidas, a ACMA poderá impor um código de conduta, embora não possa remover conteúdos individuais.

A proposta faz parte de uma série de iniciativas que foram anunciadas ou apresentadas ao parlamento contra o “doxing” (revelar informações de uma pessoa ‘online’ sem o seu consentimento), a fraude ‘online’ e a imposição de limites de idade para acesso às redes sociais.

Em abril passado, as autoridades australianas forçaram a X a remover o vídeo de um ataque violento, mas a plataforma só o retirou para a Austrália.

Em resultado, a Comissão de Segurança Eletrónica australiana levou a rede social de Elon Musk a tribunal, mas acabou por retirar o processo em julho, quando outro tribunal decidiu que uma medida cautelar contra o referido vídeo fora da Austrália era “inexequível”, devido à falta de jurisdição australiana.

Últimas de Política Internacional

O Parlamento Europeu (PE) adotou hoje legislação que facilita a retirada do direito de viajar sem visto para a União Europeia (UE) a partir de países que apresentem riscos de segurança ou violem os direitos humanos.
A Comissão Europeia disse hoje apoiar o plano do Presidente norte-americano, Donald Trump, para acabar com o conflito em Gaza, quando se assinalam dois anos da guerra e negociações indiretas estão previstas no Egito entre Israel e o Hamas.
O primeiro-ministro francês, Sébastien Lecornu, apresentou hoje a sua demissão ao Presidente, Emmanuel Macron, que a aceitou, anunciou o Palácio do Eliseu num comunicado, mergulhando a França num novo impasse político.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, vai encontrar-se com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, ao início da tarde, em Copenhaga, na Dinamarca, para uma reunião bilateral.
A presidente da Comissão Europeia saudou hoje o plano do Presidente norte-americano, Donald Trump, para terminar com a guerra em Gaza e que já tem aval israelita, indicando que a União Europeia (UE) “está pronta para contribuir”.
O partido pró-europeu PAS, da Presidente Maia Sandu, venceu as eleições legislativas na Moldova com mais de 50% dos votos, e deverá manter a maioria absoluta no Parlamento, segundo resultados oficiais após a contagem de 99,52% dos votos.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, questionou hoje a utilidade das Nações Unidas, acusando a organização de não o ter ajudado nos esforços para resolver os conflitos no mundo, e criticou o reconhecimento da Palestina.
Os Estados Unidos impuseram hoje a Lei Magnitsky à mulher do juiz brasileiro Alexandre de Moraes e ainda à empresa da qual Viviane Barci e os filhos são sócios.
A NATO vai reforçar a vigilância e segurança no flanco leste da Aliança Atlântica, depois do incidente em que drones russos entraram no espaço aéreo da Polónia, anunciou hoje a organização.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, homenageou hoje, numa cerimónia solene no Pentágono, as vítimas dos atentados de 11 de Setembro de 2001 em Nova Iorque e Washington, que causaram cerca de 3.000 mortos.