O Comandante

António Paulino (Militante do CHEGA)

Desde os meus 17 anos que trabalho na área da segurança privada. Tive um percurso em ascensão onde me permitiu trabalhar com pessoas de grande valor em termos empresariais e outros com grande valor humano. Uma das empresas de segurança privada onde estive, tive o privilégio de trabalhar com o Coronel (na altura) Jaime Neves, pessoa de grande valor em termos humanos.

Este senhor tinha vendido as suas ações a outra empresa que eu estava a dirigir e tivemos várias conversas sobre tudo o que seja imaginado entre adultos. O que quero aqui frisar neste texto será sobre política. Contudo, as nossas conversas e alguns episódios não os irei escrever com a exceção de uma refeição no restaurante da “Tia Matilde” e outra no restaurante os “Arcos”. Nos dois locais o “Comandante” foi tratado como fosse um “Rei”.

Os dois proprietários foram à mesa onde estivemos à conversa por vários minutos e recordaram antigos episódios a seguir ao 25 de Abril e 25 de Novembro. Como todos sabemos na Tia Matilde há uma mesa que estava disponibilizada para o Eusebio. Pois essa mesa foi-lhe destinada por ser a pessoa que era. O Comandante recusou porque achou que não tinha o valor do “Pantera Negra”.

O “Comandante” Jaime Neves não gostava de política, foi o que sempre me pareceu, e me deu a entender. Contudo, disse-me uma vez que se tinha arrependido de ter ajudado na revolução do 25 de Abril. Eu, indignado, perguntei porque? Respondeu-me com grande classe: então nós estávamos a lutar contra um regime fascista e no 1º barco que vem do Barreiro pelas 06 horas e tal trazia várias pessoas com bandeiras do Partido Comunista?? Como seria possível isso? Eu ajudei na revolução e fui manobrado pelo PCP?? Percebi de imediato o que ele queria dizer. O Partido Comunista Português tinha coordenado a revolução do 25 de Abril para tirar uma ditadura fascista e queria colocar uma ditadura comunista.

Reza a história que houve outro 25 mas, desta vez, de Novembro de 1975, onde o Comandante teve uma ação brilhante, e nos salvou da ditadura de extrema esquerda.
O Partido Chega, em Assembleia ordinária da Junta de Freguesia de Almada, Cova da Piedade, Cacilhas e Pragal de Dezembro propõe um voto de louvor ao Major-General Jaime Neves e a todos os militares comandados por ele, que, com coragem e espirito patriótico, derrotaram as forças de extrema esquerda, em 25 de Novembro de 1975.

Este voto de louvor foi votado, nesta Assembleia Ordinária, com votos contra dos partidos de esquerda desta Junta de Freguesia.

O facto de o chamar de “Comandante” tem uma pequena história. Este senhor Jaime Neves era muito respeitado por todos os que tinham sido soldados dele. Vim a conhecer muitos depois de ter convivido e trabalhado com ele. Todos o chamavam de “Comandante”.

Este senhor marcou a nossa história Portuguesa e é, e será sempre, um verdadeiro “Comandante”.

António Paulino
(Militante do CHEGA)

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