Presidenciais entram na agenda política a um ano das eleições

As presidenciais entram na agenda política, com o anúncio hoje do candidato da Iniciativa Liberal, a apresentação da candidatura do ex-líder do PSD Marques Mendes na quinta-feira, e a reunião do PS para discutir o tema, no domingo.

© Museu da Presidência da República

Para hoje, último dia da IX convenção da Iniciativa Liberal, o líder do partido, Rui Rocha, já prometeu revelar quem será o candidato presidencial apoiado pelos liberais.

A um ano das eleições, que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, tenciona marcar para 25 de janeiro de 2026, dirigentes do PS têm-se dividido, publicamente, entre o apoio ao antigo secretário-geral socialista António José Seguro, que está a ponderar, e a António Vitorino, ministro de António Guterres e ex-comissário europeu, que ainda não desfez a dúvida se entrará na corrida.

À direita, André Ventura volta a correr com o apoio do seu partido, o Chega, e anuncia a candidatura em 18 de fevereiro.

Fora do quadro partidário, o almirante Gouveia e Melo continua de férias, depois de deixar de ser chefe do Estado Maior da Armada e nada mais disse sobre se vai concorrer ao Palácio de Belém, cenário que admitiu por diversas vezes nos últimos meses.

Depois de se saber, hoje, quem será o nome da IL a Belém, a agenda das próximas presidenciais é retomada na quinta-feira: Luís Marques Mendes, que foi secretário de Estado, ministro com Cavaco Silva e líder do PSD (2007-2007), anuncia a sua candidatura, depois de muitos meses de reflexão e anos de comentário político na SIC.

Será em Fafe, Braga, no auditório da Misericórdia local, com o nome do seu pai, António Marques Mendes, fundador do PSD no distrito e ex-deputado na Assembleia da República e no Parlamento Europeu.

No PSD, Hugo Soares, secretário-geral, já afirmou que Mendes que tem “todas as condições para ser um extraordinário” Presidente, elogio que já fizera antes mesmo de o atual conselheiro de Estado ter confirmado a sua vontade de concorrer.

Dois dias depois, no domingo, o PS, que não apoiou formalmente nenhum candidato nas duas eleições anteriores (2016, 2020), reúne a sua comissão nacional para analisar o dossiê.

Carlos César, presidente do PS, afirmou, na segunda-feira, à CNN Portugal, que há duas hipóteses, podendo os dirigentes do PS optar num dos nomes possíveis ou num perfil ou ainda num calendário “para tratar o tema”. “Temos condições no dia 08 de fevereiro de tomar uma boa decisão”, disse.

Três dias depois, também na CNN Portugal, António José Seguro disse acreditar que “a direção nacional do PS tem claramente um candidato, que é António Vitorino”. Apesar da marcação da reunião do partido, Seguro admite anunciar uma decisão “talvez lá para a primavera ou inicio do verão”.

Nas últimas semanas, vários dirigentes socialistas têm-se dividido entre o apoio a António José Seguro, como João Soares, e António Vitorino, o antigo comissário que remeteu uma decisão para o início do ano, que é elogiado pela ex-ministra Mariana Vieira da Silva.

À esquerda, nem o PCP nem o Bloco de Esquerda, que tem apoiado candidatos próprios em eleições anteriores, disseram o que vão fazer.

Últimas de Política Nacional

O candidato presidencial André Ventura reagiu com indignação às queixas apresentadas na Comissão Nacional de Eleições (CNE), considerando que está a ser alvo de uma tentativa de silenciamento e perseguição política.
A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, revelou esta sexta-feira no Parlamento que 154 bebés nasceram fora de unidades hospitalares em 2025, até ao momento.
A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, esteve esta sexta-feira no Parlamento para defender a proposta de Orçamento do Estado para 2026 na área da Saúde, mas acabou por enfrentar momentos tensos, sobretudo com o CHEGA a exigir responsabilidades políticas pelo caso trágico da morte de uma grávida no Hospital Amadora-Sintra.
O Governo vai cortar mais de 200 milhões em despesa com medicamentos e material de consumo clínico, segundo a nota explicativa do Orçamento do Estado para 2026, que prevê uma redução de 136 milhões nos bens e serviços.
O ministro da Presidência comprou à empresa do cunhado um imóvel em Lisboa pelo mesmo preço de 2018. O governante defende que “não houve qualquer preço de favor”.
André Ventura reforça a sua posição na corrida a Belém. Com 15,8% das intenções de voto, o líder do CHEGA ultrapassa Gouveia e Melo e aproxima-se do candidato apoiado pelo PSD, mostrando uma trajectória ascendente rumo a 2026.
'Outdoor' "Isto não é o Bangladesh" vandalizado apenas 24 horas após o decreto presidencial que marca as eleições para 18 de janeiro de 2026.
Nelson Cunha, candidato do CHEGA, venceu as eleições para a Câmara Municipal do Entroncamento a 12 de outubro de 2025, com 37,34% dos votos. Esta vitória representa uma mudança histórica no concelho, tradicionalmente dominado pelo PS e PSD, sendo a primeira vez que o CHEGA conquista a presidência da câmara. O seu lema de campanha, “Juntos pelo Entroncamento”, refletiu o apelo à união e à renovação no município. Na noite da vitória, recebeu o apoio e a visita do presidente do partido, André Ventura. Agora, Nelson Cunha compromete-se a focar-se em prioridades como a segurança, o desenvolvimento local e a
O PSD enfrenta uma nova tempestade política: Miguel Albuquerque, presidente do Governo Regional da Madeira e dirigente do PSD-Madeira, está sob investigação por alegado financiamento ilegal do partido.
O CHEGA conseguiu o apoio do PSD para alterar a Lei da Nacionalidade e permitir que quem engane o Estado ou cometa crimes graves perca o direito de ser português. “Não podemos continuar a premiar criminosos com o privilégio da nacionalidade”, afirmou Ventura, garantindo que “Portugal voltou a ter voz e coragem”.