Teerão opõe-se à criação de corredor previsto no acordo de paz entre a Arménia e o Azerbaijão

Teerão opõe-se à criação do corredor apoiado pelos EUA incluído no acordo de paz entre a Arménia e o Azerbaijão, e avisou que a rota proposta se tornará num "cemitério" para os mercenários do Presidente norte-americano, Donald Trump.

© Facebook de Donald J. Trump

O acordo entre a Arménia e o Azerbaijão inclui como uma das suas bases a reabertura de um corredor que liga o Azerbaijão ao seu enclave de Najicheván através do território arménio, que levará o nome de Rota de Trump para a Paz e Prosperidade Internacional (TRIPP) e que será desenvolvido exclusivamente pelos Estados Unidos.

Mas o Irão sempre se opôs à abertura da rota, conhecida até agora como corredor Zanguezur, mesmo quando era impulsionada pela Rússia, e agora não é diferente, quando além disso implica a potencial presença norte-americana muito perto de suas fronteiras.

“O Irão não permitirá isso”, disse à agência Tasnim Ali Akbar Velayati, conselheiro do líder supremo do Irão, Ali Jameneí, referindo-se ao corredor de 43 quilómetros.

O político classificou o corredor como “uma conspiração política contra o Irão e outros países vizinhos” e previu o seu fracasso.

“Um corredor como esse tornar-se-ia um cemitério dos mercenários de Donald Trump e não uma rota de propriedade do Presidente norte-americano”, disse Velayati.

Teerão já se opôs no passado à reabertura do corredor e, em setembro, convocou o embaixador da Rússia em solo iraniano depois de Moscovo ter apoiado a abertura da rota, apesar de ser um dos seus principais aliados.

A abertura do corredor é um dos pontos-chave do acordo e a Casa Branca afirmou que o corredor de transporte “permitiria uma conectividade sem obstáculos entre os dois países, respeitando a soberania, a integridade territorial e o povo da Arménia”.

O primeiro-ministro da Arménia, Nikol Pashinián, e o Presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, assinaram na sexta-feira na Casa Branca um acordo que estabelece um roteiro para pôr fim a quase quatro décadas de confrontos no Cáucaso do Sul.

Últimas de Política Internacional

Na quarta-feira, o primeiro governo liderado por uma mulher em Itália cumpre três anos de mandato (iniciado a 22 de outubro de 2022).
A Polónia aprovou uma nova lei que isenta do pagamento de imposto sobre o rendimento todas as famílias com pelo menos dois filhos e rendimentos anuais até 140 mil zlótis (cerca de 33 mil euros).
O Parlamento Europeu (PE) adotou hoje legislação que facilita a retirada do direito de viajar sem visto para a União Europeia (UE) a partir de países que apresentem riscos de segurança ou violem os direitos humanos.
A Comissão Europeia disse hoje apoiar o plano do Presidente norte-americano, Donald Trump, para acabar com o conflito em Gaza, quando se assinalam dois anos da guerra e negociações indiretas estão previstas no Egito entre Israel e o Hamas.
O primeiro-ministro francês, Sébastien Lecornu, apresentou hoje a sua demissão ao Presidente, Emmanuel Macron, que a aceitou, anunciou o Palácio do Eliseu num comunicado, mergulhando a França num novo impasse político.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, vai encontrar-se com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, ao início da tarde, em Copenhaga, na Dinamarca, para uma reunião bilateral.
A presidente da Comissão Europeia saudou hoje o plano do Presidente norte-americano, Donald Trump, para terminar com a guerra em Gaza e que já tem aval israelita, indicando que a União Europeia (UE) “está pronta para contribuir”.
O partido pró-europeu PAS, da Presidente Maia Sandu, venceu as eleições legislativas na Moldova com mais de 50% dos votos, e deverá manter a maioria absoluta no Parlamento, segundo resultados oficiais após a contagem de 99,52% dos votos.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, questionou hoje a utilidade das Nações Unidas, acusando a organização de não o ter ajudado nos esforços para resolver os conflitos no mundo, e criticou o reconhecimento da Palestina.
Os Estados Unidos impuseram hoje a Lei Magnitsky à mulher do juiz brasileiro Alexandre de Moraes e ainda à empresa da qual Viviane Barci e os filhos são sócios.