“Como diretor de uma empresa, entre 2019 e 2023, [o homem] ordenou a transferência para as Ilhas Maurício, Emirados Árabes Unidos, China, Japão e Portugal de cerca de 140 milhões de dólares americanos, supostamente para a importação de mercadorias que nunca foram realmente desalfandegadas em território nacional moçambicano”, refere a PJ em comunicado.
O cidadão estrangeiro era procurado pelas autoridades de Moçambique por alegado envolvimento em criminalidade altamente organizada, indica a polícia.
Segundo a PJ, o homem, com a ajuda de despachantes aduaneiros, falsificou documentos de desalfandegamento de mercadorias e enviou-os a bancos comerciais para justificar as transferências feitas para o estrangeiro.
“Parte significativa deste montante provinha de transferências e depósitos em dinheiro por familiares do detido e que com ele colaboravam, presos pelo envolvimento em tráfico de droga e lavagem de dinheiro”, indica também a PJ.
De acordo com a PJ, as empresas foram criadas para fins criminosos, principalmente para ocultar e dissimular a origem dos rendimentos do tráfico de droga.
O detido, que poderá vir a ser condenado a uma pena de 16 anos de prisão, irá ser presente ao Tribunal da Relação de Lisboa, para aplicação de uma medida de coação.