O assalto ocorreu pouco depois das 16h00, quando a vítima estava parada no trânsito. Os dois suspeitos, que circulavam em motos de alta cilindrada e usavam capacetes integrais e mochilas de estafetas para disfarçar, aproximaram-se do veículo e exigiram o relógio de luxo que o condutor trazia no pulso esquerdo. A ameaça com arma de fogo tornou o crime rápido e silencioso, permitindo aos criminosos fugir antes da chegada de qualquer autoridade.
Segundo o Correio da Manhã, a queixa foi apresentada diretamente no piquete da Polícia Judiciária, que já enviou inspetores ao local para recolha de depoimentos e verificar eventuais câmaras de videovigilância instaladas na zona.
Este caso junta-se a quase duas dezenas de ocorrências semelhantes registadas recentemente em Lisboa e arredores. Os investigadores acreditam que o grupo atua de forma altamente organizada, em pequenas células e em horários estratégicos, sobretudo perto de lojas de luxo e durante períodos de maior movimento.
A atuação não é inédita. O casal mediático Liliana Filipa e Daniel Gregório foi alvo de um ataque semelhante no verão, no Algarve, quando chegava a um aldeamento turístico em Vilamoura. Também aí dois homens em motos, usando mochilas de estafeta, ameaçaram o empresário, que entregou o relógio com receio pela segurança dos filhos pequenos que seguiam no carro.
Outros casos mediáticos incluem o furto à casa do selecionador nacional Roberto Martínez, em Cascais, de onde desapareceram relógios avaliados em cerca de 800 mil euros. Esse processo, no entanto, decorre num inquérito separado.
A Judiciária destaca a importância das imagens de videovigilância para a investigação deste tipo de crimes, que se caracterizam pela rapidez, violência e elevado grau de planeamento. A investigação do caso de Campolide está entregue a inspetores experientes da secção de roubos, habituados a lidar com grupos com forte domínio de armas e fuga em moto.