A medida pode deixar vastas zonas do interior praticamente sem acesso à imprensa impressa, segundo o Correio da Manhã.
Em comunicado, a empresa explica que a decisão resulta de uma “situação financeira extremamente exigente”, agravada pela queda contínua das vendas de jornais e revistas e pelo aumento dos custos logísticos. A VASP sublinha que já não consegue garantir a operação sem alterações profundas ao modelo atual.
A distribuidora reconhece que a suspensão da entrega diária nestes distritos terá impacto direto no direito dos cidadãos à informação, lembrando que o acesso à imprensa é “um pilar essencial de uma sociedade democrática” e está protegido pela Constituição.
A empresa acrescenta que tem alertado “insistentemente” o Governo e outros responsáveis políticos para a necessidade de criar um mecanismo de apoio estrutural à distribuição de imprensa, mas que, até ao momento, nenhuma solução foi implementada.
Com esta decisão, milhares de leitores poderão ver-se privados dos seus jornais habituais logo no início de 2026, aprofundando a já significativa desigualdade no acesso à informação entre o litoral e o interior.