“Primeiro-ministro quis menorizar a luta dos professores vitimizando-se”

© Folha Nacional

O presidente do CHEGA acusou António Costa de se vitimizar ao classificar de racistas cartazes exibidos por professores no sábado e assegurou que o partido não teve qualquer participação nessa manifestação.

Em declarações aos jornalistas antes de uma visita à Feira do Livro de Lisboa, André Ventura começou por afirmar que “não corresponde à verdade” uma “tentativa de alguns líderes políticos, mas também comentadores e outras personalidades sindicais” de associarem o CHEGA aos protestos dos professores no sábado, nas comemorações do 10 de Junho, em Peso da Régua (Vila Real).

“O CHEGA  não esteve presente nem se mobilizou para esses protestes, o CHEGA quando quer protestar assume. Em qualquer caso, acho que o senhor primeiro-ministro quis aproveitar claramente a ocasião e caracterização daqueles cartazes para se vitimizar”, acusou. Em causa está a polémica em torno dos cartazes exibidos durante um protesto de professores que aproveitaram o 10 de Junho para se manifestarem no Peso da Régua e que António Costa considerou “um pouco racistas”.

Os cartazes continham uma caricatura do primeiro-ministro com nariz de porco e um lápis espetado em cada olho.

“Não compreendo em que é que aqueles cartazes traduzem qualquer expressão de racismo ou qualquer questão com pessoas com pessoas racializadas trata-se de um cartaz mais esotérico, mais ousado. O senhor primeiro-ministro quis, mais uma vez, menorizar a luta dos professores vitimizando-se”, criticou.

Ventura acrescento que ele próprio também já foi representado em caricaturas em jornais, manifestações ou desfiles de Carnaval.

“Não pode ter só graça quando se atacam os líderes da oposição, também tem de ter quando se ataca o primeiro-ministro”, disse, acusando Costa de se ter mostrado “irascível e incapaz de lidar com a crítica”.

Ao chegar ao local das cerimónias oficiais militares do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas que, este ano decorreram na cidade da Régua, distrito de Vila Real, a mulher do primeiro-ministro, Fernanda Tadeu, exaltou-se com alguns dos comentários dos professores em protesto.

Inicialmente, António Costa pediu à mulher para não responder aos comentários, mas depois virou-se para trás e gritou “racista”, visivelmente exaltado.

Mais tarde, em declarações aos populares que o esperavam, o primeiro-ministro considerou que os protestos fazem “parte da liberdade e da democracia”.

“Com melhor gosto, com pior gosto, com estes cartazes um pouco racistas, mas pronto, é a vida”, frisou.

Cerca de duas dezenas de pessoas, incluindo a maioria dos deputados do Chega, acompanharam hoje André Ventura na visita à Feira do Livro de Lisboa, que disse ter como objetivo “dar o apoio” a esta iniciativa e mostrar que Lisboa “não é só turismo de massas e hotéis”.

“Temos o dever de estar ao lado da cultura e dos espaços que fazem de Lisboa aquilo que ela é”, afirmou.

Últimas de Política Nacional

Casas de moradores na Amadora foram indicadas, à sua revelia, como residências de imigrantes, uma fraude testemunhada por pessoas pagas para mentir, existindo casos de habitações certificadas como morada de largas dezenas de pessoas.
André Ventura reagiu esta sexta-feira à polémica que envolve várias escolas do país que optaram por retirar elementos natalícios das fotografias escolares, decisão que tem gerado forte contestação entre pais e encarregados de educação.
Os doentes internados e os presos podem inscrever-se para voto antecipado nas eleições presidenciais de 18 de janeiro a partir de segunda-feira, e o voto antecipado em mobilidade pode ser requerido a partir de 04 de janeiro.
O líder do CHEGA acusou hoje o Governo de incompetência na gestão da saúde e considerou que os utentes não podem ser sujeitos a esperar 18 horas numa urgência, e o primeiro-ministro reconheceu constrangimentos e antecipou que poderão repetir-se.
A Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMMT) decidiu abrir os cofres e fechar a transparência.
André Ventura reafirmou que pretende usar a Presidência da República como ponto de partida para uma mudança profunda no país.
As escutas da Operação Influencer abalaram o PS, expondo alegadas pressões, favores e redes internas de ‘cunhas’ que colocam Carneiro no centro da polémica e voltam a arrastar Costa para a controvérsia.
O Governo carrega no ISP e trava a fundo na queda que estava prevista no preço dos combustíveis. A promessa estala, a confiança vacila e Montenegro enfrenta a primeira fissura séria na sua credibilidade fiscal.
Catarina Martins voltou a dirigir insultos contundentes a André Ventura, acusando-o de ser “um bully político” que se comporta “como se estivesse no recreio da escola”.
Luís Marques Mendes está no centro de uma nova polémica depois de, no debate presidencial, ter afirmado que o CHEGA “passa a vida a ter propostas inconstitucionais, como a pena de morte”, uma falsidade evidente.