Num Mundo cada vez mais global, no qual as decisões parecem ser sempre tomadas numa esfera supranacional, existem, inevitavelmente, vencedores e vencidos, como aliás em qualquer grande mudança ao nível da arena internacional. No caso europeu, o aumento de influência do “polvo”, denominado por União Europeia, criou claros beneficiados, os seus líderes e principais elementos promotores, mas também deixou bastante claro que os grandes prejudicados, daquele que é o novo projeto europeu, que já não assenta na colaboração de nações, mas sim numa tentativa mascarada de instaurar um federalismo centralizado nas personas de Bruxelas, são inequivocamente as nações (que deveriam ser soberanas), e os próprios europeus, hoje dependentes da agenda política e cultural, tendencialmente marxista, dos senhores de Bruxelas.
Não me interpretem mal, com isto não quero dizer que sou contra o projeto europeu na sua fundação, até porque defendo que nações soberanas têm maior possibilidade de prosperar se cooperarem entre si, promovendo o desenvolvimento do continente, das nações e o bem estar dos europeus. Porém, na base de qualquer acordo ou projeto tem de estar explicito que as nações que nele estão englobadas são soberanas e devem ter a palavra final em matérias que influenciem diretamente a sua segurança, economia, demografia e bem estar dos seus.
Nesta Europa marcadamente afogada em políticas tendencialmente de esquerda, visando a destruição dos valores religiosos, com uma constante necessidade de atacar o Cristianismo, ou fechar os olhos aos ataques que este sofre de fora, ou mesmo a destruição das famílias com constantes incentivos e políticas de promoção de verdadeiros ataques cerrados à célula base da sociedade, procurando desconstruir a definição de família, que é inviolável e inalterável. Posso afirmar o mesmo quanto à perceção de Pátria, que aos olhos de qualquer pessoa representa a nossa nação, as nossas fronteiras, costumes e herança histórica e cultural, mas que sofre constantes ameaças, com a ideia de uma Europa de fronteiras abertas, mesmo para o exterior, numa clara tentativa de projetar um futuro sem nações, como que numa “supernação” que englobe meras regiões, que são hoje nações soberanas. Estes ataques cerrados aos valores milenares europeus não vêm só de Bruxelas, são apoiados e financiados por vários partidos marxistas nos vários parlamentos das nações europeias, funcionando como bactérias de promoção da destruição nacional, da destruição das famílias, da fé e de todo o bom- senso e valores europeus.
No combate ao parasitismo dos valores pregado pela esquerda marxista, é fundamental a união dos partidos conservadores, soberanistas e nacionalista por toda a Europa, união essa que ficou bastante fortalecida no último congresso do Chega, que contou com a presença de vários partidos europeus desde os Países Baixos, França, Espanha, Alemanha, Hungria, entre outros. Entre vários discursos a mensagem passada foi uniforme, uma mensagem de combate ao vírus socialista, que propaga a corrupção, o aumento da gordura do Estado e promove o parasitismo, através de um sistema estatal, que beneficia a obtenção de apoios e auxílios sem qualquer contrapartida de trabalho ou esforço, e que apenas serve os “donos do estado” e os parasitas que destes se alimentam. Também uma posição de união quanto às fronteiras e futuro demográfico, e de segurança do continente e das suas soberanas nações, que não podem aceitar a constante enchente de migrantes, oriundos de culturas que representam uma afronta aos valores europeus, que em muitos casos não possuem noções básicas de vida em sociedade, e que ameaçam a segurança dos europeus, seja pelo seu desrespeito pela mulheres, pelo seu íntimo violento ou em casos mais extremos pelas suas conexões a movimentos terroristas. Ao contrário do que os marxistas presentes nos vários parlamentos e em Bruxelas defendem, não
necessitamos de “importar” para resolver a crise demográfica, necessitamos sim de investir em políticas de natalidade e de habitação jovem que auxiliem os casais mais jovens a ter mais filhos, e assim combater o saldo natural negativo, que ao contrário do que defende Bruxelas, não se resolve com nascimentos não europeus, uma vez que o nascimento de um europeu não é substituído por um qualquer nascimento de outra parte, a isso chama-se substituição demográfica, algo que deve ser fortemente combatido e rejeitado por todos os europeus na defesa da continuidade da nossa herança étnica. Com isto não se está a dizer que um europeu vale mais que um não europeu, mas sim que para o futuro da Europa o nascimento de um europeu é benéfico numa perspetiva de herança e sobrevivência, a par de que o nascimento de um marroquino é benéfico para o futuro árabe, mas o contrário não tem o mesmo impacto positivo, promovendo um aumento das tensões, conflitos e clima de insegurança devido ao inevitável choque cultural, bastando para isso constatar, que na Suécia por exemplo, o aumento do número de migrantes fez disparar o crime num dos países mais seguros do Mundo, representando os migrantes a larga franja de encarcerados por crimes graves (violações, homicídios, assaltos violentos).
Sintetizando, a Europa só sobreviverá se o globalismo marxista for combatido, juntamente com as suas políticas de destruição dos valores milenares europeus como a família, o Cristianismo, a Pátria, assim como o constante ataque à herança cultural, étnica e histórica partilhada pelos europeus. As nações devem permanecer soberanas, e as suas políticas totalmente voltadas para os seus, devendo os migrantes, em número aceitável e altamente controlado aquando da sua entrada, submeter-se à cultura, regras e noção de sociedade dessa mesma nação, sendo punidos de forma exemplar quando desrespeitarem as mesmas, e deportados em caso de desrespeito extremo. Para que a Europa sobreviva e continue a ser o pináculo da evolução, da inovação e progresso, é hoje necessário defendê-la dos ataques externos, mas também dos vários parasitas internos que procuram destrui-la por dentro, para tal é essencial apoiar partidos com políticas nacionalistas, soberanistas e voltadas para os europeus e o seu futuro, quer em eleições nacionais, quer em eleições europeias, como as do próximo ano.
Não podemos permitir, em nenhum momento, que o futuro dos nossos filhos e netos seja entregue a marxistas corrompidos, que não hesitaram em “vender” o futuro da Europa a uma realidade de insegurança, de substituição demográfica, de perseguição ao Cristianismo, de destruição da família tradicional como célula base da sociedade, ou mesmo da soberania das nações e primazia dos nacionais sobre os demais.
Ricardo Lopes Reis
(Direção Nacional da JCH)