Ventura diz que CHEGA vai mudar “panorama político” da Madeira

©CHEGA

O presidente do CHEGA, André Ventura, afirmou hoje que vai “mudar o panorama político” da Madeira e prometeu fazer oposição ao que chamou “rede tentacular” de corrupção na região.
Em declarações aos jornalistas à margem de um jantar do CHEGA na Madeira, André Ventura, acompanhado do presidente do partido na região, Miguel Castro, invocou a comissão de inquérito sobre alegadas “obras inventadas” e favorecimentos do Governo Regional liderado pelo PSD a grupos económicos para afirmar que “a corrupção na Madeira é endémica e “tentacular”.

“A corrupção na Madeira é endémica, é tentacular e nós estamos aqui para fazer oposição a essa rede tentacular”, afirmou o presidente do CHEGA.

Na perspetiva de André Ventura, as acusações de favorecimentos a grupos económicos feitas pelo ex-secretário regional Sérgio Marques, que motivaram a constituição de uma comissão de inquérito, mostram “a cumplicidade institucional” que existe na Madeira e mostram uma teia de, “pelo menos, presunção e suspeita de corrupção” que “não é boa” para a região.

“Eu acho que a grande mensagem que o CHEGA vem para mostrar e para passar é que o CHEGA vai ser implacável com a corrupção”, apontou, acrescentando que o partido pretende “acabar com esta maioria absoluta”.

Questionado sobre as perspetivas do partido para as próximas eleições regionais, que vão decorrer em setembro ou outubro, André Ventura sublinhou que quer eleger um grupo parlamentar, mas preferiu não apontar um número de deputados a eleger.

“Há uma coisa que tenho a certeza. Vamos ter um grupo parlamentar forte, como temos a nível da República, e isso vai mudar o panorama político da Madeira, disso eu não tenho dúvida”, realçou.

André Ventura iniciou hoje uma visita de três dias à Madeira, que começou com um jantar no concelho de Câmara de Lobos, prossegue no domingo com uma visita à Feira Regional da Cana de Açúcar e termina na segunda-feira com uma ida à Feira do Livro do Funchal.

Últimas de Política Nacional

Afonso Camões apresentou esta terça-feira a demissão do cargo de mandatário distrital da candidatura de Henrique Gouveia e Melo, justificando a decisão com a necessidade de evitar “embaraços” ao ex-chefe da Marinha na corrida a Belém.
Portugal arrecadou 5,9 mil milhões de euros em impostos ambientais em 2024, alcançando o valor mais elevado de sempre e um crescimento de 4,2% face a 2023.
A sondagem ICS/ISCTE mostra Ventura a liderar nos atributos “líder forte” (22%) e “preocupação com as pessoas” (19%), superando os restantes candidatos.
Todos os autarcas do PSD que integraram o executivo da Junta de Freguesia de Fátima no mandato de 2017-2021 foram constituídos arguidos no âmbito do processo relativo às obras da Casa Mortuária de Fátima, estando acusados do crime de peculato.
O partido CHEGA alertou para os "graves prejuízos" causados pelo vírus da língua azul nas explorações de ovinos no Alentejo e questionou o Governo sobre medidas para travar a doença e apoios aos criadores.
Ribeiro e Castro, antigo líder do CDS e presidente da Sociedade Histórica da Independência de Portugal, criticou duramente o Governo, afirmando sentir “embaraço” por ter votado AD.
As subvenções vitalícias atribuídas a antigos responsáveis políticos e ex-juízes do Tribunal Constitucional deverão representar um encargo de 10,57 milhões de euros em 2026, valor que traduz uma subida próxima de 19% face aos 8,9 milhões orçamentados para 2025. Trata-se da despesa mais elevada desde 2019.
André Ventura reafirmou que pretende usar a Presidência da República como ponto de partida para uma mudança profunda no país. Em entrevista com Pedro Santana Lopes, no programa Perceções e Realidades do NOW, o candidato presidencial apoiado pelo CHEGA afirmou já estar habituado a enfrentar “todos contra nós”.
O presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, disse hoje, depois de visitar Marcelo Rebelo de Sousa no Hospital de São João, no Porto, onde o chefe de Estado foi operado, que não o vai substituir no cargo.
O Ministério Público questionou a alegada deslocação do antigo primeiro-ministro José Sócrates aos Emirados Árabes Unidos, admitindo que a viagem, a ter acontecido, poderá fazer parte de um plano de fuga e que as medidas de coação podem mudar.