NATO convoca Turquia e Suécia para reunião para desbloquear adesão

©NATO

O secretário-geral da NATO convocou hoje responsáveis da Turquia, Suécia e Finlândia para uma reunião em Bruxelas, no dia 06 de julho, para resolver o bloqueio de Ancara e concluir a adesão de Estocolmo à aliança.

“É o momento de receber a Suécia como um Estado-membro pleno da Organização do Tratado do Atlântico Norte [NATO]”, considerou Jens Stoltenberg.

A reunião é uma última tentativa de concluir a adesão da Suécia, que está há meses bloqueada pela Turquia, por causa de um diferendo relacionado com a asilo concedido por Estocolmo a elementos curdos pertencentes a organização como o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), uma organização considerada terrorista por Ancara e também pela NATO.

A Suécia pediu para aderir à Aliança Atlântica em simultâneo com a Finlândia em 2022, na sequência da invasão da Rússia à Ucrânia, em 24 de fevereiro desse ano.

O processo avançou a um ritmo superior ao de outras adesões no passado, mas Ancara colocou um travão à de Estocolmo por causa do asilo concedido a cidadãos considerados criminosos.

A Finlândia concluiu o processo e é o 31.º Estado-membro da NATO desde o início de abril.

Nos últimos dias, o Governo de Ancara considerou que não chega proibir o PKK, é preciso impedir as manifestações dos cidadãos curdos com afinidade pela organização.

Stoltenberg espera conseguir desbloquear o processo interrompido pela Turquia e pela Hungria, os únicos dois países cujos parlamentos não artificiaram o acordo de adesão sueco, a tempo da cimeira da Aliança Atlântica, nos dias 11 e 12 de julho, em Vílnius, capital da Lituânia.

Últimas de Política Internacional

O partido de direita Alternativa para a Alemanha (AfD) aprovou hoje um programa eleitoral que inclui promessas de encerrar fronteira, "remigração" de imigrantes, a saída do euro e a reintrodução do serviço militar obrigatório.
O primeiro-ministro de Israel manteve hoje uma conversa telefónica com o Presidente dos Estados Unidos sobre as negociações para um cessar-fogo em Gaza e a libertação dos restantes reféns israelitas detidos no enclave palestiniano.
O presidente eleito dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, voltou a atacar os líderes do estado da Califórnia, afirmando que há incompetência no combate aos fogos que assolam a zona de Los Angeles.
Os líderes do G7 denunciaram "a falta de legitimidade democrática da alegada investidura de Nicolás Maduro como presidente da Venezuela", numa declaração emitida pelo Departamento de Estado norte-americano.
Espanha não reconhecerá "legitimidade democrática" à tomada de posse do Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, prevista para hoje em Caracas, disse fonte oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) espanhol.
Um investigador ouvido pela Lusa considerou hoje que uma mudança efetiva no regime político venezuelano só poderá acontecer com um forte apoio externo, quando o país enfrenta uma grave crise económica, social e humanitária.
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, rejeitou hoje a ideia de anexar a Gronelândia proposta pelo Presidente eleito dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, assegurando que tal não acontecerá.
O Partido Popular austríaco (OVP, centro-direita) aceitou hoje o convite do líder do partido de direita radical FPO, Herbert Kickl, vencedor das eleições de 29 de setembro, para negociar a formação de uma coligação na Áustria.
O chefe da diplomacia francesa, Jean-Noël Barrot, disse hoje que a União Europeia não vai permitir que países "ataquem fronteiras soberanas" do bloco europeu, referindo-se à sugestão de Donald Trump sobre a anexação da Gronelândia.
O ministro austríaco dos Negócios Estrangeiros, Alexander Schallenberg, vai ser o líder interino da Áustria enquanto o Partido da Liberdade, de direita radical, tenta formar um novo governo de coligação.