No dia 25 de Maio saía uma notícia no Expresso intitulada: ‘Há um esquema de venda de cartas de condução falsas por €200, condutores de TVDE entre os compradores’. Qual seria o meu espanto? Nenhum. Os temas tabus parecem crescer no nosso pequeno Portugal.
Era comum pedir um Uber ou um Bolt à noite para regressar a casa e deparar-me com os casos mais bizarros, contínuo com a crença que alguns dos motoristas que apanhei não tinham a carta de condução, depois de ver múltiplas cenas chocantes e relatos na primeira pessoa do que se passa no mundo dos TVDEs, decidi escrever sobre o assunto saindo do politicamente correto e zelando pela segurança dos portugueses, e nomeadamente das portuguesas.
Irei enumerar vários dos escândalos e de seguida explicar mais em detalhe um a um, os excessos de velocidade, as disputas territoriais, os esquemas relativos à rotação dos motoristas para conseguirem ter um carro a circular 24 horas, 7 dias por semana, a compra de cartas de condução, os casos de assédio sexual a mulheres com vídeos a provar os acontecimentos, condutores que conduziam ou em chamadas telefônicas ou com o alcorão a ser recitado sem qualquer consideração pelo passageiro, a falta de conhecimento pela língua portuguesa ou até mesmo inglesa, a sujidade e o odor desagradável dentro do veículo são alguns de muitos exemplos do péssimo serviço que tem sido prestado.
Infelizmente são comuns os casos de motoristas que não mostram qualquer consideração pelos passageiros e circulam em velocidade excessiva, alguns casos foram documentados nas redes sociais onde pais com as suas crianças se queixavam da forma como os motoristas conduziam, nomeadamente, o excesso de velocidade, nesses mesmos vídeos conseguimos perceber outro problema, o motorista não fala a língua portuguesa e por vezes nem a inglesa o que dificultava ou até mesmo impossibilitava os passageiros de comunicar com o seu motorista.
Os casos de assédio sexual também foram documentados nas redes sociais, alguns dos vídeos tornaram se virais, mostrando um lado que até então era desconhecido, motoristas que ofereciam a mulheres dinheiro por um “favor sexual” ou casos mais graves onde motoristas conduziam até zonas sem rede para tentar isolar as mulheres e colocá-las numa posição onde seria impossível chamar ajuda. Existiram casos de vítimas que apresentaram queixas formais por tentativa de violação, felizmente na maioria dos casos conseguem chamar ajuda ou sair do carro antes que algo aconteça.
Uma reportagem da CMTV veio confirmar as suspeitas que muitos motoristas teriam vindo ilegalmente com documentos falsos (nomeadamente cartas de condução falsas), por redes de tráfico humano. O esquema não ficava por aí, faziam um contrato e alugavam um carro, faziam um esquema rotativo, a cada 6h o motorista trocava com outro para conseguirem ter um carro 24h a circular mesmo que isso implicasse que dos 4 motoristas apenas um tivesse licença de TVDEs.
As empresas que prestam estes serviços funcionam muito à base da oferta e procura, ou seja, se mais clientes estiverem a pedir um motorista na zona do Marquês de Pombal, automaticamente viagens nessa zona serão mais caras, existem alguns “checkpoints” onde é comum a procura estar alta. Os motoristas automaticamente ficam nesses sítios à espera de clientes porque sabem que o fluxo de pessoas é alto. Ultimamente tem sido noticiado alguns casos de disputas territoriais por certas localizações devido às razões que expliquei, um dos mais recentes envolvia um brasileiro que foi “regado com álcool” e posto a arder por indivíduos do Indostão por controlo daquela zona, uma tentativa de homicídio.
Por fim a última situação que gostava de expor é a falta de noção e até mesmo consideração por parte de motoristas que vão em chamadas ligadas ao Bluetooth do carro onde há um barulho ensurdecedor enquanto o passageiro vai atrás sem perceber qualquer palavra do diálogo, visto que esta prática é comum por indostânicos. O próprio carro muitas vezes está sujo, mostra falta de limpeza, tem um odor intenso e desagradável, o que deveria ser impensável quando pagamos por este serviço.
Numa breve conclusão, lanço a questão, com os fluxos migratórios a aumentar ou a manterem-se neste ritmo, como será o serviço prestado por TVDEs em 5 anos? Na minha opinião está na altura de começar a aumentar o controlo dos TVDEs, o governo necessita de tomar medidas mais fortes de proteção do passageiro para que esta situação não piore, mas, pelo contrário, volte a ser agradável uma viagem.
E o leitor, o que acha?