“É muito importante que os açorianos tenham a consciência de que o resultado que derem no dia 04 de fevereiro [nas eleições regionais], não é apenas um resultado regional, vai ser um resultado nacional e vai ter uma leitura nacional”, afirmou André Ventura em Ponta Delgada, no início de uma deslocação de dois dias à ilha de São Miguel, nos Açores.
Em declarações aos jornalistas, o líder do CHEGA prosseguiu: “é muito importante que os açorianos percebam, em todas as ilhas, que o resultado que derem ao CHEGA no dia 04 é a plataforma de lançamento do nosso resultado do dia 10 de março”.
“E eu penso que todos têm aqui a consciência disso. Sei que os nossos dirigentes o têm e era importante que todos os açorianos tivessem essa consciência”, rematou.
André Ventura também disse que o partido está com “um grande espírito de vitória” para as eleições regionais açorianas.
Na visita a Ponta Delgada, Ventura, que participou numa arruada no centro da cidade e esteve na inauguração da sede regional do CHEGA, referiu que os Açores são “um bom exemplo” do que foi afastar “25 anos de poder socialista” com a convergência que aconteceu em 2020 e que incluiu o PSD.
Referiu-se também ao líder nacional do PSD, que hoje também se encontra no arquipélago, afirmando que Luís Montenegro “sabe que não foi o CHEGA o responsável pela queda do Governo dos Açores, ou pela incapacidade do Governo dos Açores em prosseguir”.
Lembrou que o seu partido procurou, “até ao último momento”, ter convergências e medidas concretas “que mudassem a vida das pessoas”.
Isso não aconteceu, o que na sua opinião, “mostrou a incapacidade que o PSD tem, a nível regional e a nível nacional de fazer as reformas que o país precisava que fossem feitas”.
“Os Açores é, talvez, um bom exemplo da incompetência que o PSD muitas vezes tem, na gestão da coisa pública e na capacidade de fazer reformas”, apontou Ventura.
Na inauguração da sede do partido em Ponta Delgada, o dirigente nacional declarou que o projeto do CHEGA é “muito mais do que um espaço”: “O nosso projeto é um projeto de transformação da região e do país”.
Salientou que o atual momento político é decisivo para a História regional e nacional e pediu aos presentes que acreditem “até ao fim”, porque o partido pode vencer as eleições: “Vai ser fácil? Não. Mas é a luta da nossa vida. (…) As pessoas estão fartas dos dois partidos que governaram durante 50 anos”.
Já o dirigente açoriano José Pacheco procurou deixar a ideia de que o partido irá crescer no arquipélago: que “esta não é a sede do CHEGA, esta é a casa do CHEGA, é a casa de todos nós”.