Governo apela que protestos dos agricultores não ponham em causa direito de mobilidade

O ministro da Administração Interna manifestou-se hoje preocupado com os protestos que estão a ser organizados por agricultores, com máquinas agrícolas em várias estradas do país, e apelou a que não ponham em causa o direito de mobilidade.  

© Folha Nacional

“Tomámos conhecimento de que há a intenção de bloqueios de algumas estradas e condições de mobilidade no país. O meu apelo é que todos procurem cumprir e garantir o cumprimento desse dever”, disse José Luís Carneiro em declarações aos jornalistas antes de uma reunião com a PSP, a GNR e a Proteção Civil.

O ministro da Administração Interna participa hoje numa reunião de alto nível com a PSP, a GNR e a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil a propósito dos protestos convocados para quinta-feira.

Os agricultores portugueses vão manifestar-se a partir das 06:00 com máquinas agrícolas nas estradas de várias zonas do país, reclamando “condições justas” e a “valorização da atividade”, numa iniciativa do Movimento Civil Agricultores de Portugal.

“Devemos evitar que se coloquem em causa direitos fundamentais, como direito de mobilidade”, avisou José Luís Carneiro, pedindo também que os organizadores dos protestos os comuniquem devidamente às autoridades competentes.

Questionado sobre a resposta das forças de segurança aos protestos e de que forma esse tema seria discutido na reunião, o ministro afirmou que “desde as primeiras horas em que se começaram a desenvolver expressões de ocupação do espaço público que as forças de segurança estão a acompanhar com atenção”.

O governante alertou ainda para “tentativas de instrumentalização” dos protestos, sem esclarecer a que se referia e sem fazer menção à manifestação anti-islâmica, marcada para sábado na zona da Mouraria.

Últimas de Política Nacional

Afonso Camões apresentou esta terça-feira a demissão do cargo de mandatário distrital da candidatura de Henrique Gouveia e Melo, justificando a decisão com a necessidade de evitar “embaraços” ao ex-chefe da Marinha na corrida a Belém.
Portugal arrecadou 5,9 mil milhões de euros em impostos ambientais em 2024, alcançando o valor mais elevado de sempre e um crescimento de 4,2% face a 2023.
A sondagem ICS/ISCTE mostra Ventura a liderar nos atributos “líder forte” (22%) e “preocupação com as pessoas” (19%), superando os restantes candidatos.
Todos os autarcas do PSD que integraram o executivo da Junta de Freguesia de Fátima no mandato de 2017-2021 foram constituídos arguidos no âmbito do processo relativo às obras da Casa Mortuária de Fátima, estando acusados do crime de peculato.
O partido CHEGA alertou para os "graves prejuízos" causados pelo vírus da língua azul nas explorações de ovinos no Alentejo e questionou o Governo sobre medidas para travar a doença e apoios aos criadores.
Ribeiro e Castro, antigo líder do CDS e presidente da Sociedade Histórica da Independência de Portugal, criticou duramente o Governo, afirmando sentir “embaraço” por ter votado AD.
As subvenções vitalícias atribuídas a antigos responsáveis políticos e ex-juízes do Tribunal Constitucional deverão representar um encargo de 10,57 milhões de euros em 2026, valor que traduz uma subida próxima de 19% face aos 8,9 milhões orçamentados para 2025. Trata-se da despesa mais elevada desde 2019.
André Ventura reafirmou que pretende usar a Presidência da República como ponto de partida para uma mudança profunda no país. Em entrevista com Pedro Santana Lopes, no programa Perceções e Realidades do NOW, o candidato presidencial apoiado pelo CHEGA afirmou já estar habituado a enfrentar “todos contra nós”.
O presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, disse hoje, depois de visitar Marcelo Rebelo de Sousa no Hospital de São João, no Porto, onde o chefe de Estado foi operado, que não o vai substituir no cargo.
O Ministério Público questionou a alegada deslocação do antigo primeiro-ministro José Sócrates aos Emirados Árabes Unidos, admitindo que a viagem, a ter acontecido, poderá fazer parte de um plano de fuga e que as medidas de coação podem mudar.