Renováveis abastecem 81% da eletricidade consumida em janeiro

A produção de energia de fonte renovável abasteceu 81% da eletricidade consumida em janeiro, mês em que as condições meteorológicas foram “particularmente favoráveis” para a produção hidroelétrica, mas desfavoráveis para as eólicas e fotovoltaicas, divulgou hoje a REN.

© D.R.

 

Segundo a REN – Redes Energéticas Nacionais, “as condições meteorológicas foram particularmente favoráveis para a produção hidroelétrica, com um índice de produtibilidade de 1,30 (média histórica igual a 1), mas desfavoráveis para as eólicas e fotovoltaicas, com índices de produtibilidade de 0,88 e 0,85,respetivamente”.

Ainda assim, no dia 16 de janeiro, as centrais eólicas atingiram a potência mais elevada de sempre entregue à rede, com uma ponta de cerca de 4.900 Megawatts (MW), nota.

De acordo com os dados da gestora do sistema elétrico, em janeiro a produção hidroelétrica representou 47% do consumo, a eólica 25%, a biomassa 5% e a fotovoltaica 4%.

A produção não renovável, através das centrais a gás natural, abasteceu 14% do consumo elétrico, correspondendo os restantes 5% a energia importada.

Em janeiro, o consumo de energia elétrica registou um crescimento homólogo de 1,6%, que aumenta para 3,0% com correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis.

Já no mercado de gás natural, o consumo registou uma evolução positiva de 6,4%, interrompendo a tendência de queda que se verificou ao longo de todo o ano 2023, fruto de comportamentos homólogos positivos tanto no segmento convencional, com um crescimento de 3,6%, como no segmento de produção de energia elétrica.

Neste último caso, detalha a REN, a subida foi de cerca de 15%, em resultado de menor disponibilidade, este ano, de energia renovável face ao ano anterior.

Últimas de Economia

Os consumidores em Portugal contrataram em outubro 855 milhões de euros em crédito ao consumo, numa subida homóloga acumulada de 11,3%, enquanto o número de novos contratos subiu 4%, para 157.367, divulgou hoje o Banco de Portugal (BdP).
O Governo reduziu o desconto em vigor no Imposto Sobre Produtos Petrolíferos (ISP), aplicável à gasolina sem chumbo e ao gasóleo rodoviário, anulando parte da descida do preço dos combustíveis prevista para a próxima semana.
Os pagamentos em atraso das entidades públicas situaram-se em 870,5 milhões de euros até outubro, com um aumento de 145,4 milhões de euros face ao mesmo período do ano anterior, segundo a síntese de execução orçamental.
O alojamento turístico teve proveitos de 691,2 milhões de euros em outubro, uma subida homóloga de 7,3%, com as dormidas de não residentes de novo a subir após dois meses em queda, avançou hoje o INE.
A taxa de inflação homóloga abrandou para 2,2% em novembro, 0,1 pontos percentuais abaixo da variação de outubro, segundo a estimativa provisória divulgada hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
O ‘stock’ de empréstimos para habitação acelerou em outubro pelo 22.º mês consecutivo, com um aumento homólogo de 9,4% para 109.100 milhões de euros, divulgou hoje o Banco de Portugal (BdP).
A proposta de lei de Orçamento do Estado para 2026 foi hoje aprovada em votação final global com votos a favor dos dois partidos que apoiam o Governo, PSD e CDS-PP, e com a abstenção do PS. Os restantes partidos (CHEGA, IL, Livre, PCP, BE, PAN e JPP) votaram contra.
O corte das pensões por via do fator de sustentabilidade, aplicado a algumas reformas antecipadas, deverá ser de 17,63% em 2026, aumentando face aos 16,9% deste ano, segundo cálculos da Lusa com base em dados do INE.
O indicador de confiança dos consumidores diminuiu em novembro, após dois meses de subidas, enquanto o indicador de clima económico aumentou, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Os gastos do Estado com pensões atingem atualmente 13% do PIB em Portugal, a par de países como a Áustria (14,8%), França (13,8%) e Finlândia (13,7%), indica um relatório da OCDE hoje divulgado.