CHEGA propõe fim do pagamento do IMI

O CHEGA propõe, no seu programa eleitoral às eleições legislativas de 10 de março, que os proprietários deixem de pagar IMI, mais benefícios fiscais para os senhorios e crédito bonificado para jovens.

© Folha Nacional

André Ventura anunciou estas medidas em entrevista à agência Lusa no âmbito das eleições legislativas de 10 de março, gravada antes da apresentação do programa eleitoral do CHEGA, que decorreu na quinta-feira.

O partido propõe a redução do IVA, a simplificação de procedimentos e licenciamentos, e o fim progressivo do IMI, mas André Ventura ressalvou a necessidade de “garantir que as câmaras também não perdem os recursos que precisam”, sem especificar como poderá ser feita essa compensação.

O CHEGA propõe também benefícios fiscais para os senhorios, para que seja “proveitoso pôr a casa no mercado”.

“Em sede de IMI, com uma diminuição progressiva, e também com uma novidade que é a possibilidade de as obras feitas nestas habitações que estão para arrendamento terem um maior peso a nível dedutivo, ou seja, a nível da dedução na declaração final fiscal”, indicou.

O CHEGA quer também dinamizar a construção de habitação nova, quer pública, quer privada.

Ainda na habitação, nas medidas dirigidas aos jovens, o CHEGA quer crédito bonificado para pessoas aos 35 anos e que o Estado atue como fiador do valor da entrada da casa para aqueles que queiram adquirir uma habitação própria e permanente.

“Vai haver limites quanto ao rendimento e também limites quanto ao imóvel, porque evidentemente que se um jovem que está com dificuldades de prestar garantia para uma casa quiser comprar uma casa na Quinta da Marinha, é evidente que o Estado não tem que participar isso”, afirmou.

O aumento das pensões mínimas para o valor do salário mínimo nacional até 2026 será “a grande medida” do programa eleitoral “porque tem um impacto orçamental fortíssimo”, indicou.

Ventura disse que o CHEGA pretende financiar as suas medidas contando com um crescimento económico “de 3%, 4% ao ano, mas também quer

Depois de ter indicado querer “ir buscar algumas receitas ao combate à corrupção” e à economia paralela, o CHEGA propõe ainda a “apreensão e o confisco de bens, não só de corrupção, mas de crimes económicos em geral, a favor do Estado e a favor dos lesados”, tornando o processo mais rápido.

André Ventura ressalvou que em caso de absolvição do suspeito “haveria a devida compensação”.

No combate à corrupção, o presidente do CHEGA adiantou também na entrevista à Lusa que o partido vai propor aumentar as penas até aos 12 anos “na sua forma mais grave”, bem como aumentar os prazos de prescrição e limitar o direito a recursos.

Ventura apontou que “já houve uma alteração há alguns anos que já alargou muito o prazo de prescrição da corrupção”, mas apontou a existência de “uma corrupção cada vez mais sofisticada, a que os meios digitais e o novo circuito financeiro também vieram trazer mais complexidade”.

“E nós queremos evitar que os crimes conexos com o crime de corrupção, prevaricação ou branqueamento de capitais também têm um prazo mais alargado de prescrição para dar à Justiça também mais tempo”, indicou.

No que toca à economia paralela, o líder do CHEGA defendeu que pode ser desincentivada com “um quadro fiscal mais apelativo”, ou seja, uma diminuição de impostos.

Outra medida já anunciada pelo presidente do CHEGA prende-se com a introdução de uma contribuição extraordinária e temporária de 40% sobre os lucros da banca e das petrolíferas, dinheiro que seria aplicado na habitação ou as pensões.

“Eu chamaria a isto uma espécie de seguro social bancário, que é a banca ter que pagar este seguro como forma também de garantia que nós não lhe damos de que se correr mal, nós estamos lá para os salvar, porque temos estado sempre”, defendeu.

O CHEGA quer também garantir que “não é possível repercutir esse valor no preço final” praticado ao consumidor.

No programa eleitoral às eleições legislativas, o CHEGA mantém algumas medidas polémicas, como a castração química ou a introdução da prisão perpétua.

Últimas de Política Nacional

O líder do CHEGA, André Ventura, apresentou-se hoje como o candidato a Presidente da República antissistema, e defendeu que a sua participação nas eleições presidenciais do próximo ano é uma forma de liderar a oposição.
O líder do CHEGA, André Ventura, vai candidatar-se a Presidente da República nas eleições presidenciais do início do próximo ano, confirmou hoje à agência Lusa fonte oficial do partido.
O CHEGA propôs a audição com urgência do secretário de Estado da Agricultura na Assembleia da República para prestar esclarecimentos sobre a investigação por alegadas suspeitas de corrupção e branqueamento de capitais.
O presidente do CHEGA mostrou-se hoje disponível para voltar a candidatar-se a Presidente da República, apesar de não considerar a solução ideal, e indicou que o objetivo é apoiar um candidato que dispute a segunda volta.
O líder do CHEGA, André Ventura, anunciou hoje que voltará a ser candidato à presidência do partido no próximo congresso, que ainda não está marcado.
Liderados pela deputada e coordenadora nacional da Juventude do partido, Rita Matias, os jovens defenderam o legado de Kirk como símbolo da luta pela pátria, família e liberdade.
O CHEGA surge pela primeira vez na liderança das intenções de voto em Portugal, de acordo com o mais recente Barómetro DN/Aximage, publicado pelo Diário de Notícias.
O CHEGA reúne hoje à noite o seu Conselho Nacional, em Lisboa, para discutir as eleições presidenciais de janeiro de 2026, devendo a decisão ser anunciada até segunda-feira, de acordo com o líder do partido.
Ventura considera “indigno” o valor atualmente pago aos bombeiros e vai propor um aumento para cinco euros por hora, juntamente com reformas na Proteção Civil e medidas para o combate aos incêndios.
Enquanto os portugueses contam os trocos no supermercado, o Governo continua de braços cruzados. O preço do cabaz alimentar sobe como nunca, por isso, o CHEGA exige medidas concretas, porque comer deixou de ser um direito e passou a ser um luxo.